Bento XVI lembra herança difícil do comunismo na Roménia

Papa destaca caminho de democratização do país

Bento XVI afirmou esta quinta-feira que a Roménia vive ainda a “difícil” gestão da herança deixada pelo comunismo, que acusa de ter “favorecido a desintegração da sociedade e do indivíduo”.

O Papa falava perante o novo embaixador romeno no Vaticano, destacando que, após o “jugo de uma ideologia totalitária”, a Roménia “decidiu há 20 anos escrever uma nova página da sua história”.

Nesse contexto, valorizou a entrada do país na União Europeia, “uma etapa importante na busca de uma autêntica democratização”.

“Para prosseguir nesta renovação – disse – é necessário enfrentar novos desafios para evitar que a vossa sociedade esteja baseada unicamente na procura do bem-estar e no apetite pelo lucro, consequência compreensível, depois de mais de 40 anos de privações”.

Bento XVI lamentou que os “valores autênticos” tenham sido “ocultados em favor de falsas teorias idolatradas pela razão de Estado”.

A Roménia, acrescentou, tem agora de “reparar as injustiças herdadas do passado” no que diz respeito à relação com as várias religiões.

O Papa destacou o “mosaico de povos” que constitui esta nação europeia e apelou ao “testemunho de fraternidade entre católicos e ortodoxos, num espírito de caridade e de justiça”.

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