Bento XVI lança novas críticas às uniões de facto

Bento XVI proferiu esta manhã mais um discurso em defesa da família tradicional, criticando os que querem equiparar as uniões civis e homossexuais ao matrimónio. “A Igreja proclama, sem reservas, o direito primordial à vida, desde a sua concepção até ao seu ocaso natural, o direito a nascer, formar e viver em família, sem que esta seja suplantada ou ofuscada por outras formas ou instituições diversas”, disse o Papa ao receber, no Vaticano, o novo embaixador da Espanha, Francisco Vázquez Vázquez. Lembrando a sua próxima viagem a Valência, por ocasião do V Encontro Mundial das Famílias, Bento XVI adiantou que esta será “uma oportunidade para celebrar a beleza e a fecundidade da família fundada no matrimónio, a sua altíssima vocação e o seu imprescindível valor social”. O Papa referiu-se, por várias vezes, à forte ligação do povo espanhol com a fé católica e apelou à cooperação entre a Igreja e o Estado, no respeito pelos Acordos subscritos entre as duas partes, em 1979. Vários membros do governo de Zapatero admitiram já a hipótese de rever estes acordos. Em especial, Bento XVI apelou ao respeito pelo “direito dos pais a que os seus filhos recebam uma educação de acordo com os seus próprios valores e crenças, sem discriminação ou exclusão explícita ou encoberta”. Numa altura em que a Espanha discute o lugar da Religião nas escolas, o Papa lembrou que os Acordos de 1979 estabelecem que o ensino da Religião católica deve ser feito “em condições equiparáveis às outras disciplinas fundamentais” e apontou para a “grande procura” dessa disciplina nas escolas públicas, sinal “da sua importância para o crescimento e formação pessoal e cultural dos jovens”.

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