Bento XVI apela ao fim da violência na Síria

Papa condena «derramamento de sangue» em conflito «cada vez mais preocupante»

Cidade do Vaticano, 12 fev 2012 (Ecclesia) – Bento XVI lançou hoje no Vaticano um “apelo urgente” pedindo o fim da violência e do “derramamento de sangue” na Síria, na sequência de confrontos entre manifestantes e o regime do presidente Bashar al-Assad.

“Sigo com muita apreensão os dramáticos e crescentes episódios de violência na Síria”, disse o Papa, após a recitação da oração do Angelus com milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro.

Falando em “numerosas vítimas”, nas quais se incluem “algumas crianças”, Bento XVI lembrou ainda os feridos e “quantos sofrem as consequências de um conflito cada vez mais preocupante”.

“Convido todos – e sobretudo as autoridades políticas na Síria – a privilegiar a via do diálogo, da reconciliação e do compromisso pela paz”, referiu.

Segundo o Papa, é “urgente” responder às “legítimas aspirações” das várias fações no país e aos “desejos da comunidade internacional, preocupada com o bem comum de toda a sociedade e da região”.

A repressão das manifestações contra o regime sírio terá feito mais de seis mil mortos nos últimos meses, segundo organizações não-governamentais.

Na sua catequese dominical, Bento XVI comentou, por outro lado, um episódio do Evangelho em que Jesus, ignorando uma proibição legal, toca e cura um leproso, gesto que, segundo o Papa, simboliza a intenção de “purificar” a humanidade do mal.

“O amor de Deus é mais forte do que qualquer mal, mesmo o mais contagioso e horrível”, acrescentou.

O Papa recordou ainda a celebração da memória litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes, este sábado, em que a Igreja Católica assinalou o Dia Mundial do Doente.

“Através da sua mãe, é sempre Jesus que vem ao nosso encontro, para nos libertar de todas as doenças do corpo e da alma. Deixemo-nos tocar e purificar por Ele e sejamos misericordiosos para com os nossos irmãos”, assinalou.

OC

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