Beja: «Atmosfera do mundo é adversa à cultura da misericórdia», lamentam bispos

D. António Vitalino e D. João Marcos incentivam crentes à vivência do Jubileu convocado pelo Papa

Beja, 01 dez 2015 (Ecclesia) – Os bispos da Diocese de Beja na mensagem para o Jubileu da Misericórdia incentivam os fiéis a “acolher, cultivar e dar testemunho” da misericórdia nos diversos contextos seja paroquial, diocesano e familiar e apelam à “reconciliação” com Deus.

“Convertamo-nos à misericórdia de Deus que nos revela a nossa miséria, nos põe na humildade e nos mostra a necessidade absoluta de sermos salvos desta ilusão hoje tão propagada de que não precisamos d’Ele para ser felizes. Reconciliemo-nos com Deus”, escrevem os prelados.

Na mensagem enviada à Agência ECCLESIA, D. António Vitalino e D. João Marcos pedem que no seio de cada comunidade cristã seja cultiva a misericórdia que “não tem condições para se desenvolver fora dela”.

“A ácida atmosfera do mundo em que vivemos é adversa à cultura da misericórdia, mas o mundo precisa dos seus frutos para subsistir”, afirmam.

Neste contexto, os bispos da Diocese de Beja explicam que a Igreja “é a estufa” onde a “árvore da misericórdia” pode “desenvolver-se, florescer e frutificar” e onde os crentes aprendem “a não julgar, a perdoar, a orar em comum, a praticar a correção fraterna”.

“Nas nossas paróquias e na nossa diocese procure cada um acolher a misericórdia, cultivar a misericórdia sobretudo na igreja e na família, e dar testemunho da misericórdia”, desenvolvem.

D. António Vitalino e D. João Marcos indicam quais são as sete obras de misericórdia espirituais e as sete corporais convidando a diocese a “aprender de cor e a praticar as catorze”.

“Podemos resumi-las em catorze verbos: alimentar, dessedentar, agasalhar, albergar, curar, visitar e sepultar; aconselhar, ensinar, corrigir, consolar, perdoar, suportar e orar”, acrescentam.

O Jubileu extraordinário da Misericórdia, convocado pelo Papa Francisco, celebra-se de 8 de dezembro a 20 de novembro de 2016 e a Diocese de Beja é convidada a uma “peregrinação jubilar” e a atravessar a Porta Santa para receberem o dom da indulgência plenária.

Na mensagem, os bispos destacam que para se receber a indulgência plenária para além de “uma confissão bem feita, participar na Eucaristia e comungar sacramentalmente” é necessário também “proclamar o Credo e rezar pelas intenções do Papa”.

Os bispos diocesanos convidam também os fiéis para a abertura solene da Porta Santa, no dia 13 de dezembro, quando celebram também a dedicação do novo altar da Sé.

Os diversos arciprestados já têm agendadas peregrinações à Sé de Beja e destacam-se ainda as de encerramento do Ano da Vida Consagrada, dia 30 de janeiro 2016; o Fórum Jovem, a 19 de março, e o Jubileu dos Diáconos, a 29 de maio.

A Peregrinação Diocesana ao Santuário de Fátima onde vão “confiar” a Nossa Senhora as “conclusões do Sínodo Diocesano” realiza-se a 25 e 26 de junho.

CB

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