Ban Ki-Moon pede 15 a 20 milhões de dólares anuais para resolver a crise alimentar

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-Moon, estimou hoje que sejam necessários entre 15 a 20 milhões de dólares anuais para resolver a crise alimentar mundial, considerando que a Humanidade não pode fracassar na luta contra a fome. “Não nos podemos permitir fracassar. É uma luta que não nos podemos permitir perder, a fome cria instabilidade, e devemos reagir todos juntos e agora”, disse Ban Ki-Moon numa conferência de imprensa em Roma no segundo dia da cimeira da organização das Nações Unidas para a alimentação e agricultura (FAO). Para o secretário-geral da ONU “é urgente” um plano de acção porque há milhões de pessoas à espera. “Necessitaremos de 15 a 20 milhões de dólares [entre 10 e 12 milhões de euros] por ano”, estimou, aludindo à aplicação do referido plano. Ban Ki-Moon defendeu, por outro lado, que é preciso atacar as causas do problema da fome no mundo, considerando que é necessário que o sistema de comércio internacional funcione de forma eficaz, colocando mais alimentos a preços razoáveis no mercado. Durante o encontro, o Programa Alimentar Mundial (PAM) anunciou que vai desbloquear 1,2 milhões de dólares adicionais para ajudar na luta contra a crise alimentar. Também presente na cimeira, o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, apelou ao levantamento das restrições comerciais às exportações, sustentando que encorajam a subida dos preços e atingem os mais pobres. O director-geral da FAO, Jacques Diouf, anunciou ainda que o Banco Islâmico de Desenvolvimento (BID) irá atribuir 1,5 milhões de dólares aos programas de desenvolvimento e de ajuda alimentar aos países mais pobres. Ontem, Bento XVI afirmou que “pobreza e desnutrição não são uma fatalidade, provocadas por situações ambientais adversas ou calamidades naturais desastrosas”, pedindo “novas estratégias de luta contra a pobreza e de promoção do desenvolvimento rural”. Redacção/Lusa

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