Aveiro está atenta aos rostos de pobreza

Comissão diocesana Justiça e Paz pretende constituir um observatório social para apoiar acção da Igreja A Comissão diocesana Justiça e Paz está a realizar em vários pontos da diocese de Aveiro encontros sobre a Doutrina Social da Igreja. Uma concretização do plano pastoral: «A Igreja ao Serviço dos mais pobres». Em Aveiro, “o rosto da pobreza – em diversos níveis – é bem visível e, talvez, o maior é o do solidão” – disse à Agência ECCLESIA o Pe. Georgino Rocha, um dos responsáveis pela dinamização destes encontros. Para eliminar esta chaga contemporânea, este sacerdote realça que a sociedade “deveria estar organizada de outra forma e com outros critérios para pautar a sua vida”. Na igreja aveirense existem grupos “plurifuncionais para atenderem as diversas situações das comunidades”. No passado dia 15 de Janeiro, este organismo diocesano organizou um encontro na cidade da ria sobre «Os rostos da pobreza e coerentes atitudes evangélicas». Actualmente estão a funcionar sessões em Aveiro e em Águeda. “O núcleo mais consistente é para continuar” – frisou o Pe. Georgino Rocha. Com as sessões formativas preparam-se animadores e “alertamos a opinião pública para a realidade existente”. Muitas vezes a pobreza “mora ao lado”, mas “as pessoas desconhecem e ficam surpreendidas com as situações”. Em relação ao sem-abrigo, este responsável salienta que estão inventariados cerca de 30 pessoas na cidade. “No entanto há muitos mais”. Quando a carrinha das «Florinhas do Vouga» distribui a «Ceia com Calor», os desprotegidos ficam “muito gratos e nota-se neles outra vontade de viver”. E acentua: “as pessoas que nos acompanharam ficaram estupefactos com a realidade”. O conforto espiritual, alimentação, vestuário e palavras de apoio são fundamentais para estes necessitados. “Temos de os ajudar a libertarem-se das suas dependências” – afirma o sacerdote de Aveiro. A Comissão Diocesana Justiça e Paz está atenta aos casos de pobreza e pretende “constituir um observatório social para que o bispo diocesano tenha suporte nas suas intervenções”. Este observatório – tal como o nome indica – irá acompanhar a evolução destes casos e “os desafios colocados”.

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