Aveiro: Diocese recebeu lista com nomes relativos a dois padres falecidos e um caso arquivado civilmente

D. António Moiteiro anuncia «iniciativas de formação» com sacerdotes, catequistas e outros responsáveis

Aveiro, 10 mar 2023 (Ecclesia) – A Diocese de Aveiro informou hoje ter recebido uma lista com o nome de três sacerdotes identificados pela Comissão Independente (CI) para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica, relativos a dois padres falecidos e um caso arquivado.

“Dos três nomes recebidos, dois dizem respeito a sacerdotes que já faleceram e o outro refere-se a um sacerdote contra o qual já decorreu o respetivo processo que foi investigado pelo Ministério Público, tendo terminado com um Despacho de Arquivamento. O Dicastério da Doutrina da Fé, no que diz respeito ao processo canónico, pede que o bispo diocesano continue a exercer o direito de vigilância em relação ao respetivo sacerdote”, precisa a nota, enviada à Agência ECCLESIA.

A Diocese de Aveiro adianta também que pediu à sua Comissão para a Proteção de Menores e Pessoas Vulneráveis que desenvolva “iniciativas de formação com sacerdotes, catequistas e responsáveis das Instituições de Solidariedade Social da área da Diocese, em ordem a aprofundar a sensibilização de todos para a relevância deste tema de modo a prevenir possíveis abusos”.

A nota de esclarecimento surge na sequência da entrega de uma lista, pela CI, aos responsáveis católicos de Portugal, no último dia 3 de março, com nomes de alegados abusadores, referidos nos testemunhos recolhidos pelo relatório final desta comissão, apresentado publicamente no dia 13 de fevereiro.

“ No que diz respeito ao apoio às vítimas a Diocese estará disponível para facultar apoio médico que venha a mostrar-se necessário. A Diocese de Aveiro compromete-se a tudo fazer para que estas situações dolorosas não voltem a acontecer no seio da comunidade cristã e reafirma, mais uma vez, ‘tolerância zero’ para os abusos de menores e pessoas vulneráveis”, conclui o comunicado.

O Vaticano disponibiliza desde 2020 um “vade-mécum” para ajudar os bispos e responsáveis de institutos religiosos no tratamento de denúncias de abusos sexuais de menores.

OC

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