Aveiro: Bispo convida diocese a ajudar sul-sudaneses com donativos recolhidos na Quaresma

D. António Moiteiro assinala ainda necessidade de implementar «percursos de formação cristã»

Aveiro, 28 fev 2017 (Ecclesia) – O bispo de Aveiro convidou os católicos da diocese a ajudar os sul-sudaneses, a braços com uma crise política e alimentar, com os donativos recolhidos durante a Quaresma, que se inicia esta quarta-feira.

D. António Moiteiro recorda os apelos do Papa em favor das “crianças pobres do Sudão do Sul”, um “país em guerra” onde os menores “passam fome”.

Os donativos vão corresponder a metade do montante recolhido na chamada “renúncia quaresmal”, uma prática do tempo de preparação para a Páscoa nas comunidades católicas.

“O produto desta renúncia será entregue ao superior dos Missionários Combonianos, no Sudão do Sul, para que os missionários possam ajudar os que mais precisam”, adianta o bispo de Aveiro.

A outra metade vai servir para implementar “percursos de formação cristã” na Diocese de Aveiro.

“Sem formação não há aprofundamento da fé, nem vida cristã que seja fermento no meio da nossa sociedade”, escreve D. António Moiteiro, num documento enviado à Agência ECCLESIA.

O bispo de Aveiro recorda que em 2017 se celebra o Centenário das Aparições em Fátima.

“Saibamos todos acolher o dom da mensagem de Nossa Senhora, vivendo-a e difundindo-a para o fortalecimento da fé, para a renovação da Igreja e para a paz no mundo. Por intercessão de Maria, que Deus opere em nós as suas maravilhas”, refere.

A mensagem centra-se na importância do Batismo e nas práticas de jejum e penitência que a Igreja Católica propõe para o tempo quaresmal.

“Numa sociedade em que existem tantas desigualdades e um fosso cada vez maior entre ricos e pobres, devemos pautar a nossa existência por uma vida simples e austera”, aponta D. António Moiteiro.

O bispo de Aveiro precisa que a prática do jejum “tem sempre em si mesma duas dimensões: a privação de alimentos – sinónimo de uma vida austera, e a partilha dos bens com os irmãos”.

O jejum e a abstinência são obrigatórios em Quarta-feira de Cinzas e em Sexta-feira Santa; a abstinência “reveste-se de um significado especial nas sextas-feiras da Quaresma”, explica o prelado.

A mensagem apresenta depois várias iniciativas destinadas a “intensificar” a oração durante a Quaresma, como as ’24 horas para o Senhor’, a celebrar em todos os arciprestados e paróquias nos dias 24 e 25 de março.

O bispo de Aveiro propõe a “leitura e reflexão” da Bíblia, lembrando que a Diocese publicou quinze catequeses sobre o Evangelho de S. Mateus em forma de ‘lectio divina, bem como uma “prática frequente do sacramento da Reconciliação”.

OC

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top