Assassinos de missionária portuguesa em Moçambique começam a ser julgados

Começou hoje em Moçambique o julgamento das cinco pessoas acusadas do assassinato da missionária portuguesa Idalina Gomes e do sacerdote brasileiro Waldyr dos Santos, a 6 de Novembro de 2006. Idalina Gomes, uma leiga missionária portuguesa, foi assassinada em Moçambique, onde se encontrava há 12 meses, a trabalhar na Missão da Fonte Boa, situada numa zona remota da província de Angónia, a mais de 200 quilómetros de Tete, capital da província com o mesmo nome, junto da fronteira com o Malawi. Estava ao serviço da Organização “Leigos para o Desenvolvimento”. A jovem missionária era natural de Aguiar da Beira. Morreu na sequência de um ataque levado a cabo por um grupo armado, na residência jesuíta onde se encontrava. Na ocasião foi ainda assassinado o Pe. Waldyr dos Santos, brasileiro de 69 anos, tendo ficado feridos outros dois religiosos. A violência dos agressores, que teriam torturado as suas vítimas, levantou uma onda de indignação em Moçabique. O Tribunal Judicial Provincial de Tete, centro de Moçambique, vai julgar nove acusados de envolvimento nestas mortes. No banco dos réus, estiveram sentados Horácio Maria Sande, Feston Phalusso, Joaquim António Nicoroa, Filipe Rafael Policarpo, Adolfo Beúla, Khalid Mahomed e Benjamim Roque, enquanto os réus Jones Abrahum Gwizira e Beston Massie, ambos cidadãos do Malawi, estão a ser julgados à revelia, por se encontrarem a monte, desde o duplo homicídio. Três dos réus foram recapturados depois de o tribunal ter voltado atrás na sua decisão de os mandar em liberdade, alegando, então, insuficiência de provas. Segundo a acusação, os réus assaltaram a referida missão, com o intuito de roubar, tendo de lá retirado uma viatura Toyota Hilux e dinheiro no valor de seis mil Euros, depois de terem ferido o guarda com uma arma branca. A viatura veio a ser recuperada e devolvida pela polícia do Malawi, país que faz fronteira com a província de Tete. O “crime da Fonte Boa”, como é conhecido o processo do duplo homicídio abalou o pacato distrito de Tsangano, suscitando uma enorme expectativa no julgamento que agora começou. Redacção/Lusa

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