Arquidiocese de Luanda esclarece questão dos despejos de «musseques»

A Arquidiocese de Angola explicou, em comunicado oficial, a questão levantada pela retirada, de forma compulsiva, dos habitantes do bairro de Wenki Maka que ocuparam terrenos pertencentes à Igreja, situação denunciada por um relatório da Amnistia Internacional (AI). O texto refere que em 1998 foi doado um terreno do Governo da Província de Luanda à Arquidiocese local. No terreno em questão está prevista a construção de um santuário, com diversas obras de interesse social. Em 2002, a Arquidiocese queria começar a preparar o terreno para a construção do santuário, iniciando as operações de nivelamento da superfície, mas algumas pessoas começaram a construir casas, sem nenhuma autorização e de modo anárquico. “Embora tivessem sido informados sobre a propriedade do terreno, estas e outras pessoas continuaram a construir habitações, de modo oportunista e irresponsável”, lamenta a Arquidiocese. Apesar da intervenção das autoridades locais e a elevação de um muro para impedir o acesso, a construção dos edifícios ilegais não cessou. “Depois de alguns ocupantes se terem oposto à sua retirada, destruíram boa parte do muro. A Arquidiocese de Luanda não teve outra escolha senão solicitar a intervenção das legítimas autoridades para restabelecer a ordem”, refere o comunicado, divulgado pela Agência Fides, da Congregação para a Evangelização dos Povos. A Arquidiocese de Luanda condena os actos de violência que aconteceram aquando da retirada, mas reafirma que “pessoas de má-fé tentaram, de forma oportunista e ilegal, aproveitar-se da situação, violando os direitos da Arquidiocese e de outras instituições”.

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