Arquidiocese de Braga inaugurou novo triénio pastoral

Encontrados pela Palavra durante o Ano de São Paulo Encontrados pela Palavra durante o Ano Paulino, inaugurado este fim-de-semana pelo Papa Bento XVI, é o objectivo da primeira parte do triénio pastoral da Arquidiocese de Braga, que ontem se reuniu no Sameiro para assinalar a abertura dos dois eventos eclesiais. O objectivo foi explicado na mensagem gravada pelo Arcebispo Primaz, ausente em Coimbra, para a celebração ontem à tarde animada pelos escuteiros, jovens e seminaristas. «A Palavra é Cristo e Cristo é o caminho a seguir», disse D. Jorge Ortiga, que estava em Coimbra na Ordenação episcopal do novo Bispo Auxiliar do Porto. O modo de concretizar o plano pastoral também foi indicado por D. António Couto, que presidiu à celebração. O Bispo Auxiliar apresentou São Paulo como modelo, porque, depois de convertido a Cristo, anunciou o seu Evangelho «com o coração a arder e os lábios a ferver». O mesmo deve acontecer actualmente, exortou o prelado, pois «o Evangelho não se serve requentado, mas em primeira mão». Para a apresentação do programa pastoral diocesano para 2008-2011, na Avenida do Cruzeiro, no Sameiro, foi preparada uma celebração da Palavra (pelos professores de Educação Moral e Religiosa), mas sem efeito, para não alongar ainda mais a cerimónia. Preciosa foi a aragem que se fez sentir a meio da tarde de ontem, tornando mais cómoda a participação das centenas de pessoas que, abrigadas entre as árvores, corresponderam ao convite da Arquidiocese para inaugurar o novo triénio pastoral e, simultaneamente, o Ano Paulino. A vida e obra de São Paulo foi o eixo das encenações preparadas pelo Corpo Nacional de Escutas, pelos jovens do arciprestado de Braga (sendo a maioria da paróquia de São Victor) e pelo Seminário Conciliar. Parte activa na celebração teve também o Coro de Câmara de Esposende, que, entre outros cânticos, entoou o hino do triénio pastoral – composto pelo maestro Azevedo Oliveira – e o Hino de São Paulo. Na sua intervenção, o Arcebispo de Braga, que leu parte de uma das cartas de São Paulo e citou o lema do novo triénio (“Tomar conta da Palavra que toma conta de nós”), convidou todos os fiéis a «acolher, viver e anunciar» o Evangelho, o que exige, entre outras coisas, «dar importância ao silêncio » e um «estudo cuidadoso e atento». D. Jorge Ortiga alertou que «a validade da Palavra» de Deus pode verificar-se, sobretudo, na «correcção fraterna», mas também no modo como celebramos a fé, praticamos as devoções populares e realizamos as festas ditas religiosas. Umas e outras precisam de estar «mais centradas na Palavra de Deus», recomendou. A terminar, o Arcebispo de Braga e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa indicou alguns subsídios pastorais para celebrar e viver o Ano de São Paulo, tanto a nível pessoal como em família, na paróquia, movimentos, etc. Esses subsídios, com destaque para o livro “Um ano a caminhar com São Paulo”, estiveram à venda nas tendas instaladas no recinto do Sameiro (e podem ser agora adquiridos nas livrarias da Arquidiocese e nos Serviços Centrais). Por seu lado, D. António Couto chamou a atenção para a grandeza da vida e obra de São Paulo. «Ele viveu num mundo difícil, quase com nenhuma comunicação, mas em 7-8 anos atravesou o mundo, sem nada nos bolsos mas tudo no coração». Nós, actualmente – contrapôs o Bispo Auxiliar –, «temos tantos meios, muitas maneiras de comunicar, e se calhar São Paulo fazia melhor e mais depressa», até porque ele revolucionou uma parte do Mundo «e nós, há tanto tempo e com tanto tempo, nem a nós nos revolucionamos ». Precisamos de ser «cristãos a 100 por cento», disse também D. António Couto, pois urge «incendiar, com o Evangelho que é bem, belo e justo, o Mundo». Para isso, e como São Paulo – concluiu –, fazem falta «muitos e bons colaboradores » no anúncio do Evangelho. Porque, justificou o prelado, «já todos nos apercebemos que, sistematicamente, as crianças estão a abandonar a catequese, e os jovens estão a abandonar a Igreja». Segundo o Bispo Auxiliar, já não bastam «os catequistas tradicionais», nem os «ministérios tradicionais », antes – como no tempo de São Paulo – «uma rede de colaboradores, bem formados », que anuncie a palavra de Deus «com o coração a arder e os lábios a ferver». Durante a celebração, o cónego José Paulo Abreu – que orientou a cerimónia – lembrou a realização dos “Encontros de São Paulo”, a partir de Outubro em três locais da Arquidiocese, orientados por D. António Couto. Para participar, convém fazer a inscrição junto dos párocos ou nos Serviços Centrais da Arquidiocese.

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