Cidade do Vaticano, 20 abr 2018 (Ecclesia) – O presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso (Santa Sé) foi recebido pelo guardião das duas mesquitas das cidades sagradas muçulmanas de Medina e Meca, o rei Salman Bin Abd Al-Aziz, em Riade, na Arábia Saudita.
O cardeal Jean-Louis Tauran transmitiu ao rei saudita os “sinceros bons votos” do Papa Francisco e destacou “iniciativas importantes que marcam uma abertura significativa também a outras religiões, especialmente ao cristianismo”.
Neste contexto, o cardeal francês recordou anteriores e “importantes iniciativas da Arábia Saudita em favor do diálogo inter-religioso” e observou que é “prejudicial é a instrumentalização da religião para fins políticos”.
“A educação das jovens gerações para a paz é essencial”, realçou o presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso, assinalando a necessidade de uma educação sólida para a justiça e paz.
“É um tesouro frágil que deve ser protegido; A paz é inseparável da justiça: não há paz sem justiça, nem justiça sem perdão”, acrescentou.
“Um diálogo sincero, a fim de encontrar soluções adequadas para os desafios do mundo de hoje”, foi o convite da Santa Sé ao rei da Arábia Saudita, que estava acompanhado, entre outros, pelo príncipe Salman bin Muhammad, e pelo secretário geral da Liga Muçulmana Mundial, o xeque Muhammad Abdul Karim Al-Issa.
O presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso recordou que existem “centenas de milhares de trabalhadores cristãos no reino saudita” e que é uma realidade “que o Papa Francisco acompanha com grande atenção”.
O cardeal Jean-Louis Tauran encontrou-se também com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Adil al-Jubayr, e o presidente do Conselho Consultivo (al-Shura), Abdallah bin Muhammad al-Shaykh.
A comitiva da Santa Sé integra o secretário do dicastério, D. Ayuso Guixot, e o chefe do escritório para o Islão; do programa assinala-se também a visita ao centro para a luta contra o pensamento extremista.
O ‘Vatican News’ informa que as notícias sobre a visita religiosa e diplomática tiveram ampla repercussão nos principais meios de comunicação locais.
CB