APFN diz que Governo português quer destruir instituição familiar

Fernando Castro pede mudança de políticas no Dia Internacional da Família O presidente da Associação Portuguesa das Famílias Numerosas (APFN) considera que o Governo português quer destruir instituição familiar. Fernando Castro sublinha ser inconcebível vivermos num país empenhado na destruição da família. O Presidente da APFN lembra a liberalização do aborto, “o primeiro país do mundo a fazê-lo em plena crise demográfica”, e agora “está empenhado em liberalizar o divórcio, “num país em que o divórcio atinge os 50% dos casamentos realizados”. O Presidente da APFN sublinha que a família é o elemento base da sociedade. “A partir dela se estrutura a sociedade e só depois vem o Estado”, lembra. No entanto as famílias debatem-se com situações “complicadas, não só devido à sua fragilização e desprotecção por parte do Estado, mas também porque estamos no início de uma grave crise económica”. Fernando Castro aponta o aumento das taxas de juro, que incidem sobre o aumento das prestações de habitação e um “disparar dos preços dos bens essenciais”. A APFN espera que “o Estado e o Parlamento se deixem de medidas idiotas, assumam esta conjectura como uma problema grave que compromete o futuro da sociedade portuguesa”. A associação está “cada vez mais forte e empenhada em lutar no sentido de reforçar as famílias”, explica, apontando o caminho, que cada vez mais empresas e autarquias parecem “acompanhar”, em oposição ao poder político central. Estas críticas surgem no dia em que se fica a saber que, pela primeira vez, o número de mortos foi superior ao de nascimentos em Portugal: no ano de 2007 o número de mortes (103 727) superou o de nascimentos (102 213),ou seja, um saldo negativo de 1514. Autarquias atentas às famílias Fernando Castro enaltece o exemplo da autarquia de Vila Real, apostada em “projectar a instituição familiar”. Mais do que medidas “a autarquia percebeu as dificuldades pelas quais as famílias atravessam e estão de facto a ajudar”. A autarquia criou o Cartão da Família Numerosa que “oferece muitas facilidades a famílias com três ou mais filhos”, explica o Presidente da APFN. Uma forma de promover o aumento demográfico, “não através de campanhas anti-conceptivas, como se assiste”. Fernando Castro lamenta haver poucas famílias numerosas, embora “20% das famílias gostassem de ter três ou mais filhos”. A autarquia possibilita o acesso a valências nomeadamente “transportes e actividades de tempos livres”. Fernando Castro adianta ainda a adesão da Associação Comercial de Vila Real a aderir ao programa, o que possibilita “descontos nas lojas da cidade”. O Presidente da APFN aponta “um espírito criado em torno das famílias”, extensível às Juntas de Freguesia que criaram um subsídio de natalidade. “São pequenas medidas mas que manifestam um espírito de cultivo pelas família”, explica, em contraste com o espírito expresso no restante país. Lei do Divórcio é antifamília Acerca do Projecto Lei do divórcio, Fernando Castro afirma ser “inconcebível” mas estar “de acordo com a política antifamília que o país tem adoptado nos últimos anos”. “O que menos precisamos é de se facilitar o divórcio”, sublinha, acrescentando que “o projecto retira direitos aos mais frágeis”. A sociedade portuguesa está “anestesiada por uma classe política que tomou conta da opinião pública”. A classe política “não vê à frente dos quatro anos da legislatura”, aponta. Perante um desfasamento com a realidade, “os portugueses estão mais alheios à actividade política. Não apenas os jovens, mas todos”, frisa. A APFN trabalha na “procura de soluções”. Falando com autarquias e empresas disponíveis para dar “facilidades aos sócios”, Fernando Castro acredita que a associação “está a lutar por um país mais responsável”. Notícias relacionadas Mensagem para o Dia Internacional da Família

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