Missionárias do Espírito Santo partilharam experiências de vida em 18 países de todo o mundo, discutindo o seu papel na Igreja e nas sociedades “O Espírito não se contradiz… Acreditar no Hoje de Deus… Estas frases e muitas outras nos habitam e convidam-nos a um grande acto de fé, pois o nosso Deus é o “Deus dos Impossíveis!”, se exprimia assim a irmã Andrée Boutin, superiora geral terminando o seu mandato e constatando os desafios de confiança e de audácia deste 13º Capitulo Geral. As 39 Espiritanas vindas de 18 países “caminharam” do 2 ao 25 de Agosto, na Torre da Aguilha, em Carcavelos, ao ritmo do Evangelho de Emaús : na escuta das mais diferentes intervenções, na partilha em grupos de vida, no questionamento face aos desafios do mundo de hoje, na reflexão e na oração. Pouco a pouco, em assembleia as decisões e orientações tomavam corpo. “O que me edificou, foi o ambiente de grande profundidade, seriedade e a união entre nós. Senti-me muito interpelada por este crescer mais em conjunto num espírito de família, a conversão pessoal que me conduz ao perdão e ao respeito das diferenças…” – revela a Salomé Câmia, espiritana angolana. Cada Capítulo é um momento privilegiado para reajustar e reactualizar o Carisma, reencontrando assim o lugar da Espiritana na Igreja e nas Sociedades dos nossos tempos. “Senti uma grande preocupação a nível da Congregação em actualizar o nosso carisma à missão hoje numa procura constante de ir as nossas fontes”, confessa a irmã Salomé. A Emília Garcês, espiritana portuguesa na Guiné-Bissau, declara, “Senti ao longo do Capítulo uma grande sintonia na necessidade de mais empenho no primado de Deus e na fidelidade ao nosso carisma numa resposta nova e concreta aos mais pobres de hoje”. Os momentos de oração, de silêncio, de partilha e de discernimento ajudaram a descobrir em que direcção soprava o vento do Espírito. Pois, “durante essas semanas havia rajadas de vento muito fortes na Torre da Aguilha. De facto, o Senhor caminhava connosco… Senti que todas nós éramos como uma família pequena e frágil pronta a alarga-se a novos horizontes, a novas concepções de ver e viver a missão”, afirma a Sofia Pereira, espiritana no Gana. Na mensagem final que o Capítulo ofereceu às Espiritanas podem ler-se, “os nossos olhos abriram-se e reconhecemos: itinerância, discernimento comunitário, leigos – ir mais longe, solidariedade, espírito de família, alegria, formação contínua, justiça e paz, desinstalar-se. E agora agir… Confiança, abertura e audácia”. Este leque de palavras resume de maneira esquemática os desafios e as orientações capitulares para os próximos 6 anos. E irmã Maria José Arandia, nova superiora geral, encerra assim o 13º Capítulo Geral, “O Espírito desinstalou-nos e nós osamos dizer “Sim” a este Espírito de Pentecostes. Eugénie Caps diria: Agora temos que agir, confiança. Nós somos Missionárias do Espírito Santo, entregues a Ele, ousemos fazer-lhe confiança”. Olga Fonseca