Antioquia: partir, de novo

Há dois mil anos, foi lá que iniciou a expansão do cristianismo. Hoje, Antioquia conserva essa marca da fecundidade da mensagem cristã As viagens missionárias do Apóstolo das Gentes começaram em Antioquia para, ao longo das margens do Mediterrâneo e na Ásia Menor, espalhar propostas de vida a partir do Evangelho, reescrevendo-o pela primeira vez na realidade das comunidades cristãs, as primeiras. Hoje, os cristãos que percorrem o “Porto de S. Paulo”, enfrentam o mesmo desafio: propor uma religião a partir de minorias. Em Antioquia, uma cidade com cerca de 150 mil habitantes, os cristãos são pouco mais de mil. Católicos, umas 7 dezenas. Dez famílias. Com eles trabalham padres Franciscanos Capuchinhos e leigos consagrados. É o caso do Pe. Domenico Bertoli. Italiano, está na Turquia há mais de 40 anos. Na cidade de Antioquia há 20. Lá experimenta a missão iniciada pelos primeiros apóstolos do cristianismo, a mesma que preenche cada um dos seus dias e oferece entusiasmo ao trabalho que realiza. “Estar onde Paulo e Barnabé evangelizaram, onde Pedro passou… Penso que é uma coisa muito empenhativa”. Para o Pe. Domenico, estes locais recordam “que a missão não terminou com Paulo, com Barnabé. Deve continuar também hoje. Com o mesmo espírito, com metodologias diferentes, mas com o mesmo entusiasmo, como era no início”. Maria Graça, italiana, é uma leiga consagrada na paróquia de Antioquia. Experimenta a dificuldade de um trabalho pastoral quase reservado, mas também a riqueza do diálogo com cristãos que também lá estão, sobretudo ortodoxos, e também com o Islão. Mas Maria Graça assume, antes de tudo o valor histórico desta cidade para o cristianismo: porque de Antioquia partiu o Apóstolo Paulo, porque “esta é a cidade onde, pela primeira, vez os discípulos de Jesus foram chamados cristãos”. “É daqui que devemos partir de novo!”, afirma.

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