Ano da Eucaristia: iluminar os problemas do nosso tempo

O Papa desafia a Igreja, no início do seu 26º ano de Pontificado João Paulo II lançou, no passado Domingo, mais um desafio a toda a Igreja Católica: o Ano da Eucaristia. Depois do Grande Jubileu do ano 2000 e do Ano do Rosário, O Papa convida toda a Igreja a considerar o Mistério eucarístico em relação com os problemas do nosso tempo. “De luz precisa o coração do homem, sobrecarregado pelo pecado, muitas vezes desorientado e cansado, provado por sofrimentos de toda a ordem. De luz precisa o mundo, na procura difícil de uma paz que parece longínqua, no início de um Milénio abalado e humilhado pela violência, pelo terrorismo e pela guerra”, refere a mensagem de João Paulo II para o encerramento do Congresso Eucarístico Internacional e abertura do Ano da Eucaristia, lida no final da Missa da tarde de ontem na Basílica de São Pedro. O Papa espera que este Ano seja “um tempo de forte encontro com Cristo” e de atenção aos dramas da humanidade, que João Paulo II considera ameaçada por sombras como a indiferença, a fome, o subdesenvolvimento ou “a pesquisa científica colocada ao serviço do egoísmo do mais forte”. O Ano da Eucaristia irá de Outubro de 2004 a Outubro de 2005, inserindo-se num longo percurso espiritual para a Igreja traçado pelo Papa desde a preparação do Grande Jubileu do ano 2000. Num programa da Rádio Vaticano, o porta-voz da Santa Sé, Joaquín Navarro-Valls, revelou que o Papa preparou esta iniciativa “há já algum tempo”. Nesse sentido, publicou uma Carta Apostólica sobre o Ano da Eucaristia (Mane nobiscum Domine), no passado dia 8, e pediu à Congregação vaticana para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos que apresentasse “sugestões e propostas” para a sua celebração e vivência, o que aconteceu na passada quinta-feira, dia 14. O Papa explica na Mane Nobiscum Domine (Fica connosco, Senhor) que “não peço que se façam coisas extraordinárias, mas que todas as iniciativas sejam preenchidas por uma profunda interioridade”. A situação internacional preocupa particularmente João Paulo II, para quem “tem vindo a delinear-se um cenário que, entre as perspectivas em confronto, permite entrever sombras de violência e de sangue que não deixam de nos entristecer”, escreve.

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