Bispo incentivou dirigentes e animadores escutistas a «renovar a Igreja a partir de dentro»
Angra do Heroísmo, Açores, 06 fev 2023 (Ecclesia) – O bispo de Angra afirmou que “a experiência sinodal é conseguir fazer grupo dos diferentes”, este domingo, na Missa de encerramento do primeiro curso de formação de animadores do Corpo Nacional de Escutas (CNE), na ilha Terceira.
“Nós vivemos na Igreja uma caminhada, um percurso para o sínodo e pensar e viver a Igreja sinodalmente é pensarmos todos diferentes”, disse D. Armando Esteves Domingues, na homilia da celebração, informa o portal ‘Igreja Açores’.
‘Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão’ é o tema da 16ª assembleia geral do Sínodo dos Bispos, convocada pelo Papa Francisco, e que vai decorrer até outubro de 2024, depois de um processo inédito de consulta e mobilização, de forma descentralizada, a nível de cada diocese, que começou em outubro de 2021, preparando encontros continentais, o da Europa começou este domingo, dia 5 de fevereiro, em Praga.
D. Armando Esteves Domingues explicou que a verdadeira dinâmica sinodal passa por conseguir fazer grupo com “os que são diferentes e pensam de forma diferente”, alertando que o pior que pode acontecer é pensar num sínodo “fechados numa sala, numa reflexão onde nos juntamos todos, porque todos somos iguais”.
“Temos de ter a humildade de falar e perceber o que nos ajuda a caminhar juntos mas também o que nos dificulta esse caminho e, no final, fazermos a pergunta: o que é que Deus nos disse a todos?”, acrescentou, no Centro de Formação Escutista do Belo Jardim, na ilha Terceira.
O bispo de Angra presidiu à Missa de encerramento do primeiro curso de formação de animadores do CNE, que se realizou este sábado e domingo, dias 4 e 5 de fevereiro, com 30 dirigentes e animadores escutistas de várias ilhas do Arquipélago dos Açores.
“Vamos renovar a Igreja a partir de dentro. Temos muito a fazer para a renovação do mundo, mas temos de contar com todos e dar espaço a todos, a começar pelos jovens; Na Igreja, nós não avançaremos sem isto, sem ouvir os outros, sem os considerarmos e sem os valorizarmos”, incentivou o responsável diocesano, salientando que “falta, tantas vezes esta coragem de correr pelo ‘mundo’, perceber quem é o outro, o irmão”
Na celebração, transmitida pela Junta Regional na sua página na rede social Facebook, D. Armando Esteves Domingues afirmou que o “CNE é uma escola de caminho” e o agrupamento não avança “sem a diferença e a consideração de todos, desde o pensar do mais novo até ao mais velho”.
O Corpo Nacional de Escutas também promoveu uma consulta a mais de três centenas de escuteiros no âmbito do Sínodo dos Bispos 2021-2024, uma reflexão sinodal nos Agrupamentos a partir da qual foi elaborada uma síntese com as principais conclusões das opiniões de 341 participantes, 188 lobitos, 60 exploradores, 53 pioneiros, 24 caminheiros e 16 dirigentes.
CB/OC