Angra: Bispo convida sociedade açoriana a «construir a esperança coletiva», no Ano Santo 2025

«Sacerdotes, religiosos, leigos e leigas sintam-se convocados para este especial ano de graça» – D. Armando Esteves Domingues

Foto Igreja Açores

Angra do Heroísmo, Açores, 07 nov 2024 (Ecclesia) – O bispo de Angra afirma que “a esperança aprende-se, reza-se, celebra-se, fortalece-se e ensina-se” e convida a população dos Açores para “construir a esperança coletiva”, na carta que integra o projeto pastoral diocesano para o ano 2024/2025.

“A esperança não é uma ideia, uma atitude ou filosofia, é uma pessoa viva: Jesus Cristo, que nunca desilude. Só Ele responde ao mais profundo desejo humano de felicidade que foi colocado por Deus no nosso coração. Como a nossa vida, um mundo sem Deus é um mundo sem esperança”, escreve D. Armando Esteves Domingues, na carta para o novo ano pastoral, divulgada pelo portal online ‘Igreja Açores’.

O bispo de Angra afirma que “a esperança aprende-se, reza-se, celebra-se, fortalece-se e ensina-se” e incentiva que a oração seja “a fornalha da esperança e esteja antes de qualquer iniciativa”.

“Todos – sacerdotes, religiosos, leigos e leigas sintam-se convocados para este especial ano de graça”, realçou, indicando que se coloca também na “jubilosa peregrinação da esperança”.

A Diocese de Angra vive em 2024/2025 o segundo ano do biénio pastoral 2023-2025, intitulado ‘Todos, todos, todos: caminhar na Esperança’, e, apresentou o projeto pastoral diocesano para este novo ano no domingo, dia 3 de novembro, nas celebrações dos 490 anos da sua criação.

“Este subsídio quer envolver a todos como protagonistas da esperança, convocando todos, dentro e fora da Igreja, gente dos diversos ambientes culturais, sociais e laborais a darem o seu contributo para tirarmos da desesperança tantos desanimados”, indica D. Armando Esteves Domingues.

“Que ninguém fique à espera, mas venha construir a esperança coletiva.”

Foto Agência ECCLESIA/HM

O bispo da diocese católica presente no Arquipélago dos Açores assinala que “há muitas razões para a esperança e muitos lugares de onde ela pode ‘transbordar’”, realçando que há uma marca evangélica na educação e formação que “devem mover a reavivar os dons que há em cada ser humano”.

A Igreja Católica celebra o Ano Santo 2025, entre 24 de dezembro de 2024 e 6 de janeiro de 2026, um ano jubilar convocado pelo Papa Francisco, com o tema ‘Peregrinos da Esperança’, e D. Armando Esteves Domingues destaca que caminhar juntos em peregrinação pode levar a “aprofundar o sentido da vida, o valor do silêncio, da oração e mesmo das dificuldades e cruzes do caminho”.

Em 2025, comemoram-se os 1700 anos do Concílio de Niceia (325-2025), o “primeiro grande Concílio Ecuménico”, o bispo de Angra que saúda “todos os que vivem a fé noutra Igreja irmã, bem como os que na diocese, nas escolas, etc., dinamizam atividades de oração, sensibilização e diálogo ecuménico”, realça que “os cristãos caminham com todos os outros homens”.

“Caminhar com todos e ser portador de ideais de paz e de amor significa levar esperança prioritariamente a pessoas que vivem diferentes formas de sofrimento, aos prisioneiros, aos doentes e suas famílias, aos jovens sem esperança, aos exilados, refugiados e deslocados, aos idosos que experimentam a solidão, a todos os pobres”, salienta.

O bispo de Angra mobiliza à união na “esperança pela humanidade”, lembrando as guerras, catástrofes climáticas, a “destruição do planeta pela ambição do homem”, o inverno demográfico na Europa, os campos de refugiados.

CB/OC

 

 

O programa diocesano 2024/2025 – calendário e subsídios de reflexão e formação – foi apresentado este domingo, dia 3 de novembro, nos 490 anos da fundação da diocese insular, no Seminário Episcopal de Angra.

A Diocese de Angra vai desenvolver as iniciativas do ‘Laboratório da Esperança’, marcado pelos verbos “formar, celebrar, dialogar e cuidar”, o terceiro e último laboratório do biénio 2024/2025, depois da sinodalidade e da fraternidade.

Da programação apresentada destaca-se a ‘Aldeia da Esperança’, de 21 a 25 de julho de 2025, em São Jorge, dando “continuidade ao compromisso dos jovens para com Jesus e trazer um novo entusiasmo à ação pastoral diocesana dos jovens e com os jovens”, uma iniciativa “proposta e aprovada no Conselho Pastoral Diocesano (CPD)”, “de primordial importância, uma espécie de ‘mini jornadas da juventude’, centradas no tema do Cuidado com a Criação e da Esperança”, explicou o Grupo Coordenador do Jubileu de Angra.

Os alunos da disicplica de EMRC – Educação Moral e Religisoa Católica – são desafiados a “contar a Esperança Cristã”, num concurso de fotografia, poesia e expressão plástica.

O ciclo ‘Diálogos no tempo’ – de conferências, tertúlias ou debates – “aberto a crentes e não crentes”, é promovido pelo Instituto Católico de Cultura da diocese, em parceria com as Ouvidorias (conjunto de paróquias), itinerante pelo arquipélago, realizando-se “preferencialmente fora do espaço litúrgico”; o ciclo do órgão ‘A Esperança em tons sonoros’, que é composto por “três concertos em cada um dos tempos litúrgicos”, a iniciativa ‘Missão Esperança’ visa “potenciar o acolhimento, a inclusão e a integração de grupos diferentes nas comunidades valorizando a sua participação”, e no mês de maio de 2025, a diocese vai realizar uma ‘Via Lucis’ “original e musicada, envolvendo essencialmente jovens”, em Ponta Delgada.

O projeto pastoral diocesano apresenta também três reflexões, que são “uma oportunidade de formação”, com perguntas, do cónego António Manuel Saldanha – ‘Jubileu da Esperança’ – do padre Nelson Pereira – ‘A esperança não engana’ – e ‘a vida cristã como peregrinação’, do teólogo pastoralista padre Paolo Asolan.

A diocese vai ter nove Igrejas jubilares, uma em cada ilha dos Açores, em São Miguel, Pico e São Jorge são os santuários diocesanos do Senhor Santo Cristo, Bom Jesus e Santo Cristo da Caldeira, respetivamente.

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Agência ECCLESIA

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