JMJ 2023: Símbolos da Jornada Mundial da Juventude peregrinam por centenas de quilómetros em Angola

Arcebispo do Huambo destaca que Maria se «faz presente na vida de cada jovem angolano»

Lisboa, 26 jul 2021 (Ecclesia) – O arcebispo do Huambo  convidou os jovens angolanos a contemplar os símbolos da Jornada Mundial da Juventude, que percorreram centenas de quilómetros em Angola.

“Ela também hoje faz-se presente na vida de cada jovem angolano: No peregrinar das estradas e caminhos que tiram a esperança à nossa juventude; na vida dos jovens que se encontram desesperados por falta de saúde, porque a assistência sanitária não chega às suas aldeias e comunidades”, disse D. Zeferino Zeka Martins, na Diocese vizinha de Menongue.

A organização da Jornada Mundial da Juventude divulga que em dois dias de presença nas “terras do progresso” a Cruz Peregrina e o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani se constituíram num “verdadeiro convite à oração”, na diocese da província do Cuando-Cubango, “a pouco mais de 980 km de Luanda”.

D. Zeferino Zeka Martins desejou “mais esperança” para os jovens, lembrando que caem no desespero, sem capacidade para sonhar, por causa da malária, do novo coronavírus Covid-19 e outras doenças, na homilia da Missa de envio dos símbolos para a cidade do Cuíto, Província do Bié.

“Maria faz-se presente na vida dos nossos jovens, aqueles de tanto procurarem um emprego e não o encontram veem as suas vidas, energias, sonhos e talentos, bem como a sua capacidade intelectual e produtiva, orientados, única e exclusivamente, a serem vendedores de rua ou cupapatas [ndr  transporte de passageiros ou mercadorias]”, assinalou.

A Igreja Católica em Angola recebeu os símbolos da JMJ, no dia 8 deste mês, marcando o início da peregrinação da cruz e ícone mariano rumo à edição internacional de Lisboa, no verão de 2023, convocada pelo Papa.

O arcebispo do Huambo pediu aos fiéis, sobretudo, aos jovens para nunca deixarem de olhar para a cruz de Cristo, “que parece ser sinal de derrota e escárnio” mas é “sinal de triunfo da vida e da glória”.

“Na Cruz de Cristo está o amor infinito de Deus para a humanidade. Ide, pois anunciar esta verdade aos outros jovens, tal como mandou o Papa São João Paulo II, quando vos entregou esta cruz missionária ao dizer-vos: ‘Queridos jovens, ao encerrar o Ano Santo, confio-vos, o sinal deste ano jubilar, a Cruz de Cristo. Levai-a pelo mundo inteiro e anunciai a todos que só em Cristo há salvação e redenção’”, desenvolveu D. Zeferino Zeka Martins, citado pelo site da JMJ Lisboa 2021.

Os símbolos que já se encontram na Arquidiocese do Huambo, quando foram levados para a Diocese de Menongue, na província de Cuando-Cubango tiveram uma escolta da Polícia Nacional de Angola, na viagem de cerca de quatro horas e meia e mais de 417 quilómetros, e já passaram pela Diocese de Kuito-Bié.

CB/OC

 

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Agência ECCLESIA

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