Angola: Exéquias de D. Francisco da Mata Mourisca decorrem no Uije onde vai ficar sepultado

Presidente da Confederação Portuguesa de Voluntariado recorda esforço do bispo franciscano capuchinho para criar rede lusófona da Cáritas e empenho no desenvolvimento humano e integral do homem

Imagem: Franciscanos Capuchinhos

Lisboa, 25 mar 2023 (Ecclesia) – Realizam-se hoje as exéquias de D. Francisco da Mata Mourisca, na Sé do Uíje, em Angola, local onde era bispo emérito e onde vai ser sepultado.

D. Francisco da Mata Mourisca, missionário português e primeiro bispo do Uíje, faleceu no dia 16, aos 94 anos, “vítima de doença”, informou a diocese angolana, território que serviu durante 41 anos, tendo continuado ali a residir como bispo emérito, e a “servir a Igreja em Angola”, nomeadamente na “Comissão Episcopal para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso”.

O sitio online dos Franciscanos Capuchinhos em Portugal informa as celebrações “de sufrágio por D. Francisco”, que aconteceram na igreja de Santo António, em Barcelos, igreja de Nossa Senhora Mãe dos Homens, em Gondomar, paróquia da Imaculada Conceição, na cidade do Porto, também no Convento da “Virgo Peregrina”, em Fátima, na paróquia de São José Operário, na Baixa da Banheira e na paróquia da Sagrada Família do Calhariz de Benfica, em Lisboa.

“A celebração em Lisboa decorreu no dia 22 de março, pelas 19 horas” e contou com a participação de” alguns cidadãos de Angola, que residem nessa zona geográfica, e foi presidida pelo Bispo Emérito da Diocese de Viana, Angola”.

Num texto enviado à Agência ECCLESIA, Eugénio Fonseca recorda os esforços feitos por D. Francisco da Mata Mourisca para que o trabalho da Cáritas fosse realizado numa rede lusófona.

“Não posso deixar de manifestar o meu reconhecimento pela importância decisiva que D. Mata Mourisca teve na criação do Fórum das Cáritas Lusófonas. Na última semana de julho de 2019, vindo de uma Assembleia Geral da Caritas Internationalis, fez questão de me encontrar para manifestar o seu desagrado por a língua portuguesa ter deixado de ser língua oficial de trabalho para a Caritas Internationalis”, escreveu.

Eugénio Fonseca, à data presidente da Cáritas Portuguesa, assinala o contributo do bispo emérito do Uije para a criação do Fórum da Cáritas Lusófonas.

“D. Mata Mourisca, enquanto Presidente da Cáritas de Angola, e mesmo quando deixou o cargo, foi sempre um grande defensor da cooperação entre as Cáritas do espaço da lusofonia. Por isso, sempre que vinha a Portugal, fazia questão de que fosse ao seu encontro, e o assunto principal das nossas conversas era as relações entre as Cáritas lusófonas, brindando-me com um dos seus últimos livros publicados”, recorda.

O atual presidente da Confederação Portuguesa de Voluntariado destaca ter sido o exemplo do bispo emérito a fazer do “desenvolvimento integral dos países irmãos de expressão portuguesa” uma das prioridades no trabalho da Cáritas portuguesa, concretizada em tantas campanhas que ajuda.

LS

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