Amnistia Internacional acusa Pequim de intensificar restrições

A Amnistia Internacional (AI) acusa a China de estar a agravar a violação dos Direitos Humanos. A organização considera que a situação piorou, no que respeita à repressão e às restrições à liberdade. O Governo chinês já veio rejeitar a crítica e pediu um olhar “justo e objectivo” sobre o país. O relatório da AI, intitulado “Contagem para os Olímpicos: Promessas Quebradas”, refere que aumentaram as detenções de activistas chineses, mais pessoas foram desalojadas, um maior número de jornalistas foi detido e bloqueado o acesso a páginas de Internet. O mesmo documento refere que foi intensificado o recurso aos campos de trabalho, assim como o recurso à violência durante detenções. A organização não tem dúvidas em estabelecer uma relação causal entre a deterioração dos direitos humanos e o aproximar do início dos Jogos Olímpicos de Pequim. “Vimos especificamente medidas enérgicas relativas a activistas em Direitos Humanos internos, censura aos média e aumento da reeducação através do trabalho como uma forma de limpar Pequim e arredores”, denunciou Roseann Rife. As forças policiais podem, ao abrigo do programa de “re-educação pelo trabalho”, deter pessoas e obrigá-las a desempenhar trabalho braçal sem que tenham sido julgadas por um tribunal. A AI criticou ainda o Comité Olímpico Internacional por exercer com “relutância” o seu direito de pressionar a China pela falta de respeito pelos Direitos Humanos. Um aspecto positivo apontado pela AI consiste na redução em 15 por centro das execuções no primeiro semestre deste ano. Redacção/RTP

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