Amares: Alunos de Escola Secundária dão vida a projeto de voluntariado (c/vídeo)

Iniciativa promove «projetos de sustentabilidade local», em Moçambique

Foto: Bernardino Silva

Lisboa, 11 set 2023 (Ecclesia) – Um projeto escolar, em Amares, está a mobilizar alunos e comunidades local para desenvolver “projetos de sustentabilidade local”, com atenção particular a Moçambique.

“O impacto é sempre muito grande”, refere à Agência ECCLESIA Bernardino Silva, professor de EMRC e coordenador da missão ‘Amar(es)’.

O docente precisa que o projeto visa a educação para a cidadania, “fundamental, nos tempos atuais”, a partir de um “clube” para o voluntariado e a cidadania.

“Nasceu num contexto de turma e que acaba por ter um sucesso muito interessante”, relata o entrevistado de hoje no Programa ECCLESIA (RTP2).

Aos alunos é proposta a aquisição de um “passaporte do voluntariado”, que várias instituições vão carimbando; a concretização do projeto, no final do 12.º ano, passa por formação junto do Centro Missionário da Arquidiocese de Braga.

“O compromisso é grande”, admite Bernardino Silva.

O projeto, que visa a promoção do voluntariado e da solidariedade, em ambiente escolar, alargou-se há cerca de uma década, através da relação estabelecida com os Missionários da Boa Nova, em Moçambique.

Os primeiros voluntários partiram em 2016 e, até hoje, foram 27 os alunos e ex-alunos da Escola Secundária de Amares, localidade da Arquidiocese de Braga, a participar nestas missões.

A ação solidária centra-se na cidade de Chibuto, cerca de 200 quilómetros a norte de Maputo, onde o ‘Amar(es)’ está a “criar um legado”.

Foto: Bernardino Silva

Bernardino Silva passou por Moçambique, este verão, onde esteve também durante os anos da pandemia, sem alunos, para manter os “compromissos” assumidos com a população local.

“Começamos a trabalhar muito a questão agrícola”, recorda.

A aposta na captação de recursos hídricos ajudou a criar uma “relação muito próxima” com as comunidades; outra das ideias do projeto foi oferecer bicicletas para ajudar a percorrer as distâncias necessárias a questões de saúde, educação e outras.

O projeto construiu uma Escola Básica, com a ajuda da autarquia local, que assegura a contratação de professores e a logística, estando a construir uma Secundária, nos mesmos moldes.

“Estamos num processo acelerado para permitir que, mesmo estando em Portugal, possamos acompanhar os projetos que se estão a desenvolver”, indica o entrevistado.

A iniciativa tem vindo a “contagiar” escolas de outras partes do país, sensibilizando os seus alunos para o voluntariado.

Para Bernardino Silva, esta dimensão do voluntariado tem ajudado na afirmação da disciplina de EMRC, que aborda “conteúdos de proximidade”.

“Hoje o mundo é de todos, para todos. Penso que a disciplina pode ter essa riqueza, com uma linguagem próprio, objetivos muito próprios, que são os grandes objetivos do bem comum, da casa comum”, conclui.

PR/OC

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