Alternativas de férias

Rotas históricas ou percursos espirituais servem para quebrar a rotina do resto do ano e descansar o corpo e o espírito nos dias de Verão Em altura de férias procura-se quebrar a rotina e descansar o corpo e o espírito. Nem só de praia vive o Verão e a época de descanso: eis duas propostas alternativas à ideia «normal» de férias. O Centro de Espiritualidade de Avessadas, em Marco de Canaveses, programa actividades de cariz espiritual a pensar no retemperamento das forças sobretudo espirituais, mas também físicas. O ambiente em que decorrem as actividades organizadas sejam elas retiros, ou semanas de formação, pretendem oferecer num ambiente sereno, tranquilo, em contacto com a natureza, onde o ambiente entre os participantes é pautado também pela tranquilidade. Tudo isto de forma a criar condições de serenidade, um clima que não é tão fácil de encontrar nas grandes cidades. Qualquer pessoa, sozinha ou em família, se pode deslocar ao Centro de Espiritualidade de Avessadas. A quem se desloca individualmente “temos propostas para poderem reflectir, momentos de oração com a comunidade” sendo este um serviço que o Centro de Espiritualidade presta, explica à Agência ECCLESIA o Director do Centro, Pe. Joaquim Teixeira. Há também uma programação de actividades “mais estruturada e organizada”, em especial no período de Verão, em Agosto – as Jornadas de Oração, um encontro também de oração mas “destinado aos mais jovens” e a Semana de Espiritualidade. Actividades várias e “muito procuradas porque em época de férias as pessoas têm mais disponibilidade para este tipo de propostas”, aponta o director do Centro. A oferta de actividades no Verão é uma preocupação do Centro de Espiritualidade. “As pessoas procuram ambientes de tranquilidade e silêncio, de contacto com a natureza, onde existe espaço para o diálogo com a comunidade dos Carmelitas Descalços” – condições que apelam à paz e tranquilidade que se procura em férias. A cerca de 50 quilómetros do Porto, o centro encontra-se numa localidade serena rodeada pela natureza própria de quintas, matas e jardins. “A envolvência ajuda ao recolhimento, ao silêncio e descanso”, acrescenta. No Centro há também um ritmo de vida marcado por duas comunidades: os frades Carmelitas Descalços e as irmãs Carmelitas Missionárias Teresianas com uma vida de oração, com momentos específicos orantes “abertos à participação das pessoas”. Esta é uma proposta que o Centro privilegia “pois a nossa intenção não é concorrer com as unidades hoteleiras, mas responder ao que as pessoas procuram”. Dentro do próprio Centro se privilegia o silêncio. A ausência da televisão, a moderação do uso de telemóveis ou de rádios “para que o ambiente seja de recolhimento e tranquilidade”. A próxima proposta é a Semana de Espiritualidade, a decorrer entre 27 de Agosto e 1 de Setembro, mas já esgotou as inscrições. 72 pessoas vão reflectir sobre “Presenças e ausências de Deus”. O estudo das obras de São João da Cruz, fundador dos carmelitas, vão orientar os seis dias. “Um esquema que pretende ler as obras do fundador à luz dos tempos actuais, indo ao encontro da procura que os cristãos fazem nos dias de hoje da presença de Deus”, aponta o Pe. Joaquim Teixeira. Descobrir os “Caminhos da Fé” é a proposta que a autarquia de Gouveia apresenta. Este caminho faz parte de um conjunto de rotas que o município quer promover. Esta visita possibilita a visita de capelas, igrejas e ermidas, com a sua história, enquadradas numa paisagem notável, partindo à descoberta das tradições da fé das gentes da Serra, que outrora rasgavam rotas de peregrinação e romaria num contacto íntimo com a natureza. São 16 quilómetros que se iniciam e acabam na cidade de Gouveia, passando por quatro das principais aldeias das imediações. Nuno Santos, adjunto do Presidente da Câmara Municipal de Gouveia aponta à Agência ECCLESIA que era hábito “os habitantes das várias freguesias fazerem as diferentes romarias do concelho”. A rede viária na altura, Séc. XIX e principio do Séc XX era restritiva, “utilizavam por isso os caminhos rurais e pedonais, agora usados nas rotas”. O “Caminhos da Fé” apresenta uma rota traçada numa área virada ao vale do Mondego, onde se encontram também as pequenas aldeias e freguesias e capelinhas em honra dos santos onde se processava o ritual das romarias. O percurso está disponível para quem o quiser percorrer, estando disponível para pequenos grupos “até 20 pessoas” ou individuais. Basta dirigirem-se ao Posto de Turismo ou entrar em contacto com a autarquia e adquirir informações. Para grupos aconselha-se a marcação para visitas a interiores das igrejas. “Há um apelo à parte religiosa, pois em causa está também a arquitectura dos lugares de culto”, aponta Nuno Santos, mas “a tradição também é acentuada”, explica. Exemplo disso é o Convento de Vinhó, em honra de uma santa, “que tem um património muito rico dentro da igreja”. Para além do interesse religioso e do contacto com o acervo histórico, há toda a natureza própria do interior e que rodeia os locais de passagem, a não perder.

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