Alguns jornais deturpam as notícias sobre a Igreja

Denuncia o Porta-Voz do Vaticano em Fátima

Como o mundo da comunicação é vasto – “os telejornais já não são a única fonte de informação” -, o Pe. Federico Lombardi, director da Sala de imprensa da Santa Sé, disse aos participantes das Jornadas Nacionais das Comunicações Sociais que as notícias são “divulgadas a uma grande velocidade”. E acrescenta: “Em poucas horas, as notícias chegam a meio mundo”.

Ao falar do trabalho dos jornalistas, o Pe. Federico Lombardi reconhece que existem três grupos: “Os amigos que defendem sempre o bispo e a Conferência Episcopal; aqueles que oscilam e têm atitudes intermédias e os que têm uma atitude crítica porque estão inseridos num jornal que transmite informação ideológica e orienta a informação num sentido negativo em relação à Igreja”.

Quando se lê um jornal da “extrema-esquerda ou de posições laicistas e anti-clericais”, o porta-voz do Vaticano sublinha que “nunca encontrarei lá uma interpretação das minhas declarações ou dos documentos do Papa” que “corresponda aquilo que efectivamente penso”.

Interpelado pelos jornalistas presentes nas Jornadas Nacionais da Comunicação Social, a decorrer em Fátima, dia 10 e 11 de Setembro, o sacerdote jesuíta afirma que colegas, na Sala de Imprensa do Vaticano, lhe dizem que “não concordam com aquilo que escrevem ou com o título publicado”, mas “não posso fazer outra coisa porque não sou eu que decido a linha do meu jornal”. Em relação às suas funções na Santa Sé, o Pe. Federico Lombardi sublinha que “o meu trabalho é dar uma informação correcta e positiva” de forma a ser compreendido.    

Subordinado ao tema “Gabinetes de Imprensa: luxo ou necessidade?”, esta iniciativa começou com uma conferência introdutória de D. Manuel Clemente, presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, onde referiu que está na hora de “incluirmos a «informação» na vida habitual da Igreja e para incluirmos a Igreja na sociedade da informação”. E acrescenta: “Os nossos «gabinetes» hão-de ganhar o lugar que lhes compete, de instâncias pastorais de primeira ordem, na constante relação e interacção com a comunicação social ou a solicitação ocasional”.

 

 

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