Algarve: Símbolos da JMJ passaram pelo Estabelecimento Prisional de Olhão (c/fotos e vídeo)

«A vinda destes símbolos é uma mensagem muito animadora e muito entusiasmante», refere diretor da instituição

Foto: Folha do Domingo/Samuel Mendonça

Olhão, 03 nov 2021 (Ecclesia) – O diretor do Estabelecimento Prisional de Olhão afirmou que a visita dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) era muito positiva e necessária para aquelas pessoas “que estão em sofrimento e que precisam também de apoio espiritual”.

“É uma mensagem de paz que é sempre bem-vinda. Atendendo mesmo até aos momentos conturbados que vivemos a todos os níveis e toda a carga emocional que isso traz associada, a vinda destes símbolos”, disse Alexandre Gonçalves, ao jornal diocesano “Folha do Domingo’.

Os símbolos da JMJ – a cruz peregrina e o ícone mariano – visitaram o Estabelecimento Prisional de Olhão, esta terça-feira, no âmbito da peregrinação que estão a realizar na Diocese do Algarve, atualmente na  Vigararia de Tavira.

O diretor do Estabelecimento Prisional de Olhão que também acompanhou a visita dos símbolos destacou como muito positiva e necessária para aquelas pessoas que “estão em sofrimento” e também precisam de “apoio espiritual”.

“A vinda destes símbolos é uma mensagem muito animadora e muito entusiasmante para as pessoas que cá estão e que também representa uma esperança no futuro”, acrescentou Alexandre Gonçalves.

Os dois símbolos foram levados pelo padre Rafael Rocha, responsável por acompanhar a comunidade prisional de Olhão e membro da equipa do Setor da Pastoral Prisional da Diocese do Algarve, que apresentou a cerca de 40 reclusos a história da cruz e explicou que Portugal vai receber a próxima edição internacional da Jornada Mundial da Juventude, em 2023.

“Não importa o pecado que eu tenha cometido, o erro que tenha feito. Em Deus há sempre perdão. Esta cruz é para que possamos sentir um pouco o perdão de Deus na nossa vida e a esperança no amanhã”, disse o sacerdote, no pátio interior do estabelecimento prisional onde teve lugar o breve momento de oração.

O padre Rafael Rocha assinalou que alguns dos reclusos “podem não acreditar em Deus ou achar que não têm perdão”, mas “Deus continua a acreditar” e a querer fazer história com eles.

“Muitos de vós achais que a vida terminou. Para nós há impossíveis, mas para Deus não há: Aquilo que para o homem é impossível, para Deus torna-se possível. Este é um bom momento para que todos possamos tirar estas nossas «capas duras». Vamos deixar cair essa «capa dura», vamos procurar aquilo que somos verdadeiramente, aquilo que verdadeiramente sentimos que Deus pode querer para cada um de nós”, desenvolveu.

O sacerdote convidou os reclusos a rezarem todos juntos, antes de um momento pessoal onde cada um se aproximou “da cruz e do ícone de Nossa Senhora, de forma livre, serena, à vontade”.

O jornal ‘Folha do Domingo’ informa que mais de uma dezena de reclusos se aproximaram da cruz e do ícone, por breve segundos, sendo “visível a expressão de comoção”.

O Estabelecimento Prisional de Olhão tem cerca de 60 reclusos dos círculos judiciais de Loulé, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António.

Os dois símbolos da Jornada Mundial da Juventude – a Cruz e o ícone de Nossa Senhora ‘Maria Salus Populi Romani’ – estão em peregrinação na Diocese do Algarve até dia 27 de novembro, quando vão entregues aos representantes da Diocese de Beja, em Mértola.

A próxima edição internacional da JMJ vai decorrer em Lisboa, entre 1 e 6 de agosto de 2023, na primeira vez que Portugal acolhe a iniciativa.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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