Almada, 03 dez 2022 (Ecclesia) – O coordenador do Comité Organizador Diocesano (COD) do Algarve para a Jornada Mundial da Juventude 2023 afirma que os desafios são os “de sempre multiplicados por mil”, mas “o grande desafio põe-se no pós-Jornada” e não perder a dinâmica.
“Não queremos desperdiçar o dom que vai ser a Jornada Mundial da Juventude e os Dias nas Dioceses, para que dois ou três meses depois acabe esta movimentação, todo este fogo que Deus vai acender no coração de tantos jovens”, disse João Costa, em declarações à Agência ECCLESIA.
O coordenador do COD do Algarve para a JMJ Lisboa 2023 afirma que têm os “desafios de sempre multiplicados por mil”, não podem pensar que vai ser só um evento, têm de preparar este encontro “de forma mais catequética”, perceber o grupo que vai e “promover relações humanas”, e também relações interparoquiais.
“E tem sido a partir daí o desafio deste ano, continuar com catequeses, os ‘dias 23’, a promoção de outras atividades, sempre movimentado para a JMJ”, salientou.
A previsão é de levar “1000 jovens, mil participantes”, à JMJ Lisboa 2023, o bispo diocesano incentiva a “mais”, e a “esperança” do COD é levar o máximo de jovens, estes mil “representam 1% dos jovens com idade de ir à Jornada”.
João Costa observa que este número “é pouco, mas desafiante”, para perceberem em termos de pastoral juvenil como é que podem trabalhar, quais são os desafios dos próximos tempos, como é que a JMJ “pode ajudar a que estes mil possam tornar dois mil, três, quatro mil, cinco mil, o que o Senhor quiser”.
“Tentamos sempre abstrair da pastoral dos números, não é difícil, mas precisamos de avaliar o nosso trabalho e como temos feito a nossa ação pastoral. É muito desafiante perceber, às vezes não tem só a ver com o nosso trabalho mas com as mudanças dos jovens, também as mudanças sociais”, desenvolveu, acrescentando que este é “um tempo muito difícil”, depois da pandemia, “uma inflação que não tem parado”, e que o convite fará “sempre mais sentido para os jovens” quando partir de um amigo.
Segundo o responsável diocesano, “há um interesse crescente” dos jovens pela Jornada, e exemplificou que, na Jornada Diocesana da Juventude, exibiram pequenos vídeos de jovens que vão participar nos ‘Dias nas Dioceses’ no Algarve e “ficaram intrigados, pelas pessoas reais, com nomes, idades, que querem ser algarvios naquela semana”.
Os ‘Dias nas Dioceses’ são o encontro de jovens nas Igrejas locais na semana anterior a cada edição da Jornada Mundial da Juventude, e vão realizar-se de 26 a 31 de julho de 2023; durante estes seis dias, os participantes vão conhecer a diocese de acolhimento, com as suas especificidades, as pessoas, e a região.
Segundo João Costa, a preparação desta semana “tem sido uma roda-viva, uma loucura completa a todos os níveis”, com diversas reuniões para “garantir que os peregrinos têm todas as condições, ou as condições mínimas” para dormir, comer, movimentarem-se e conhecerem a realidade algarvia.
“Tem sido um desafio constante de tentar entusiasmar a nós próprios, os outros que estão connosco neste caminho, e até os que nada têm a ver, como os municípios, algumas associações”, acrescentou.
No Algarve já têm “60 a 70% das previsões garantidas”, já foram contactados por “mais de 20 nacionalidades”, e têm a previsão de receber de “9 mil a 10 mil peregrinos”, nos quatro centros de acolhimento.
CB
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