Portimão, Faro, 10 dez 2013 (Ecclesia) – O bispo do Algarve considerou que o Papa Francisco “é uma surpresa do Espírito Santo para a Igreja e para todo mundo” que atrai os batizados “que não se sentiam atraídos”.
“O Papa Francisco está a ser um verdadeiro dom para toda a Igreja e também para gente que vive um pouco nas franjas da Igreja, mesmo batizados que não se sentiam atraídos. Está a renascer neles uma saudade de Deus e de participar na vida cristã, de escutar a Palavra, de aprofundar o conhecimento da doutrina cristã e da Doutrina Social da Igreja”, analisou D. Manuel Quintas, em entrevista à Rádio Costa D’Oiro, durante a sua visita pastoral a Portimão.
O bispo do Algarve explicou que a surpresa surgiu “logo pelo primeiro gesto de se inclinar diante da multidão e de pedir que rezem, essa atitude de quem está disposto a servir a Igreja até ao mais profundo da sua vida, das suas forças e capacidades, mas, ao mesmo tempo, alguém necessitado da oração do povo”.
“Esse gesto, logo aí, cativou-me profundamente”, revelou D. Manuel Quintas, o qual considerou que “o Espírito Santo, com a sua criatividade, fecundidade e tendo presente as necessidades da Igreja, presenteia-nos com estes dons imprevisíveis”.
Segundo o bispo diocesano, a “surpresa do gesto profético” do agora Papa emérito Bento XVI “foi continuada com a igual surpresa da eleição do Papa Francisco”.
O prelado destacou que um dos grandes ensinamentos de Francisco é ensinar “o verdadeiro caminho” para chegarem ao coração das pessoas: “Não é com ideias. As ideias, normalmente, dividem-nos. Ao passo que, quando falamos ao coração, à vida concreta das pessoas, através de gestos simples que toda a gente entende isso toca verdadeiramente e aquece o coração e a vida”.
As expressões do Papa “refletem a sua maneira de ser, de estar, de ser pastor” e “alertam para o essencial da vida cristã, de discípulos de Cristo”, em concreto aos bispo e padres “para a vida pastoral”, disse D. Manuel Quintas à emissora, propriedade da Diocese do Algarve em conjunto com as paróquias de Santa Maria de Lagos, Nossa Senhora do Amparo e Matriz de Portimão e de Lagoa.
“São os gestos e as atitudes que falam mais do que as palavras”, concluiu o bispo do Algarve.
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