Algarve: Bispo explicou que «nova organização da pastoral paroquial» pretende um «envolvimento dos leigos cada vez mais alargado»

«Esta consciência renovada de nos sentirmos todos corresponsáveis pela vida das nossas paróquias dá um alento novo» – D. Manuel Quintas

Foto: Folha do Domingo

Portimão, 16 jan 2023 (Ecclesia) – O bispo do Algarve disse que a diocese pretende um “envolvimento dos leigos cada vez mais alargado”, com a “nova organização da pastoral paroquial em chave missionária”, no final da visita pastoral a paróquias do Arciprestado de Portimão.

“Isto é um direito também que brota do batismo. No batismo não temos só deveres, temos direitos também. E esta consciência renovada de nos sentirmos todos corresponsáveis pela vida das nossas paróquias dá um alento novo, faz com que as comunidades sejam mais vivas porque há mais vitalidade, há mais gente a participar”, explicou D. Manuel Quintas, este sábado, na igreja de Nossa Senhora do Amparo, em Portimão, divulgou hoje o jornal ‘Folha do Domingo’.

O bispo do Algarve afirmou que pretendem que o “envolvimento dos leigos seja cada vez mais alargado”, e que “se sintam corresponsáveis das próprias comunidades”, com a “nova organização da pastoral paroquial em chave missionária”, que foi anunciada em julho de 2022 e começou a ser implementada neste ano pastoral de 2022-2023.

“Isto não deve ser visto como uma condescendência do bispo ou dos párocos que deixam os leigos dedicarem-se corresponsavelmente nas paróquias”, realçou, no encerramento da visita pastoral às paróquias confiadas aos Jesuítas.

D. Manuel Quintas assinalou que as paróquias “crescem com o contributo de todos”, tornando-se “vivas, fraternas e missionárias”, e ser missionário é estar aberto dentro da própria comunidade a outros que “talvez andem a caminhar um pouco à margem”, mas que estão à espera de alguém que lhes diga “‘a porta está aberta, entra, vem comigo, vem e vê, não te sintas excluído ou marginalizado pelas opções da tua vida’”.

Neste contexto, referiu também que ser missionário quer dizer “ir para outras comunidades cristãs mais necessitadas partilhar a riqueza, os dons, os serviços, os ministérios e os carismas”, e, se isto crescer no Algarve a dificuldade que sentem “com a falta de padres, não se vai notar tanto”, porque a Palavra de Deus e a Eucaristia “será sempre alimento que fortalece na fé”.

A “nova organização da pastoral paroquial em chave missionária”, que está a ser implementada, substituindo a estrutura das quatro vigararias (conjuntos de paróquias) – Faro, Loulé, Portimão e Tavira, que existe desde 27 de maio de 2007, propõe uma organização territorial/paroquial diocesana, “não pelo território em si mesmo”, mas que passe a estar organizada em “três grandes Regiões Pastorais”: Região Pastoral do Barlavento, Região Pastoral do Centro e Região Pastoral do Sotavento.

Foto: Folha do Domingo

“Mas tendo presente a nova realidade das comunidades cristãs, as suas proximidades eclesiais, sociológicas e territoriais, a promoção de um dinamismo a partir dos leigos dessas comunidades e numa nova perspetiva do exercício do ministério ordenado, particularmente o presbiteral”, explicava o documento de trabalho, divulgado no final de julho.

D. Manuel Quintas visitou as Paróquias de Nossa Senhora do Amparo de Portimão, Mexilhoeira Grande e Odiáxere, de 8 a 15 de janeiro.

“A visita pastoral é sempre um tempo de graça e de dom, antes de mais para o bispo, por aquilo que lhe é dado verificar, ver, viver, celebrar, conhecer o modo como a palavra de Deus, como a pessoa de Jesus é acolhida e como transforma as vidas”, disse o bispo do Algarve, divulgou o jornal diocesano.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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