D. Manuel Quintas destacou «suporte afetivo, financeiro» e transmissão de valores «cristãos e humanos»
Loulé, 30 jul 2019 (Ecclesia) – O bispo do Algarve afirmou que “a vocação e a missão dos avós é decisiva” na família, a cerca de 400 avós que peregrinaram no seu dia mundial ao Santuário de Nossa Senhora da Piedade, em Loulé.
“No seio da família, os avós são aqueles que habitualmente têm mais tempo para estar com os netos, para brincar com eles, oferecendo carinho e afeto”, disse D. Manuel Quintas, referindo que a relação com os netos é “importante para o equilíbrio afetivo e humano de quem está a crescer e precisa de amparo, de apoio”.
Na informação enviada à Agência ECCLESIA, esta segunda-feira pelo jornal ‘Folha do Domingo’, o bispo diocesano explicou que “a vocação e a missão dos avós é decisiva” como “suporte afetivo e financeiro também” na família, mas também é importante na Igreja e na sociedade.
“Há valores que o tempo não gasta, nem devemos deixar que gaste porque são fundamentais para a construção da sociedade, do convívio entre as pessoas. Não podemos renunciar a esses valores, a esses alicerces que são tão importantes para a construção até do mundo em que nós vivemos”, desenvolveu na homilia da Eucaristia do Dia Mundial dos Avós.
D. Manuel Quintas salientou a importância do “testemunho de fé” que os avós dão, a transmissão destes valores cristãos e humanos também “faz parte da vocação e da missão dos avós”.
Neste contexto, perguntou quantos devem “aos avós a iniciação à fé” e pediu aos cerca de 400 avós que não tenham medo de transmitir às novas gerações o que foi importante na sua vida.
“Os anciãos são como sentinelas que olham para o mundo que nos rodeia de um lugar um pouco mais elevado e por isso veem mais longe. A vida vivida e a experiência da vida dá-lhes um olhar diferente sobre a própria vida e sobre as situações do mundo de hoje. Por isso, é importante escutá-los, ter em conta a sua opinião, seguir os seus conselhos”, desenvolveu.
No Santuário de Nossa Senhora da Piedade, em Loulé, D. Manuel Quintas observou que ser avô ou avó é “seguramente uma das maiores bênçãos de Deus” na vida daqueles que foram pais, “é a vida que se prolonga”.
“Quando às vezes, pela idade, pelo cansaço, a que normalmente se unem algumas fragilidades de saúde, pode parecer que a vida seja inútil, não é. Enquanto o coração bate é sinal que deve ser vivida com amor. Quando pensardes que já não tendes forças para fazer aquilo que antes fazíeis, podeis sempre rezar. Mesmo sem palavras podeis estar sempre unidos ao coração de Deus”, concluiu o bispo do Algarve.
A Peregrinação dos Avós foi uma iniciativa promovida pelo Departamento Diocesano da Pastoral Social do Algarve e começou com a recitação do Rosário presidida pelo diácono Luís Galante, responsável pelo organismo.
O jornal diocesano ‘Folha do Domingo’ adianta que esta iniciativa foi participada por muitos utentes de centros paroquiais e misericórdias de vários pontos do Algarve e a Eucaristia terminou com uma oração pelos avós e contou com o canto do coro do infantil da Paróquia de São Bartolomeu de Messines.
O Dia Mundial dos Avós celebra-se anualmente na memória litúrgica de Santa Ana e São Joaquim, pais de Maria e avós de Jesus, a 26 de julho.
CB