Cónego José Pedro Martins, da diocese do Algarve, celebrou bodas de ouro de «vida abundante de experiências»
Faro, 08 set 2020 (Ecclesia) – O cónego José Pedro Martins, da Diocese do Algarve, celebra 50 anos de sacerdócio com “vida abundante de experiências” e marcada pelo tripé da “liturgia, arte e música sacra”.
“A minha vida é abundante, não na dimensão evangélica mas abundante na doação e entrega de muitas experiências mais diversificadas na minha vida de padre”, contou no programa ECCLESIA desta terça-feira.
O sacerdote “apaixonado por música” foi um dos responsáveis pela coletânea “O povo de Deus reunido” e confessou que sente o “coração extravasar em ação de graças” cada vez que ouve aquelas músicas serem cantados por outros.
“Foi uma coletânea que compusemos (com o padre Cartageno) para responder pastoralmente a realidades da comunidade, fruto do Concílio Vaticano II”, refere.
A liturgia, a arte Sacra e a música sacra vieram a ser áreas que o cónego José Pedro Martins se tem dedicado.
“Liturgia, arte sacra e música sacra é um tripé e a leitura da constituição da sagrada liturgia leva-nos a não desligar estes vários campos, levam a uni- los e vai-nos provocar o olhar para o que tínhamos, o passado e olhar o futuro, sem ser futuro despido de alguma beleza e criatividade”, afirma.
Foi na sua paróquia natal, em Lagos, que foi sentindo as “primeiras interrogações no contexto vocacional”, pertenceu à Ação Católica, “mais concretamente à JOC”, deu catequese e participou no coro.
“Era dedicado à vida de comunidade, à catequese, a várias formas de inter ajuda fraterna e nesse contexto fui sentindo uma interrogação: porque não eu ao serviço da comunidade como o meu pároco?”, recorda o atual deão da Sé de Faro.
O sacerdote de 77 anos passou pelos seminários de Almada e Olivais, “por onde passavam os alunos do seminário do Algarve” e o concílio Vaticano II foi uma marca nestes anos, na “leitura atenta dos escritos de D. Francisco Rendeiro”, na altura bispo do Algarve que participou nas quatro sessões do concílio.
“Passou de uma situação mais tradicional para um rompimento que o concilio veio provocar na vida da Igreja, e na nossa vida pessoal e de comunidade, foi muito importante e uma mais valia”, destaca.
No passado dia 29 de junho o cónego José Pedro Martins completou 50 anos de sacerdócio e “muito haveria a dizer”.
“50 anos o que teria tanto para dizer, a minha vida passou por tantos campos, vida pastoral, paroquial e muito tempo ligado ao seminário e formação de futuros sacerdotes e, naturalmente nestes campos que referimos e que são aqueles que tenho na minha responsabilidade”, remata.
HM/SN