Colóquio Nacional de Paróquias procurou novas formas de transmitir a mensagem cristã
A alegria da vivência da fé “não é carnavalesca”, mas “mais profunda e passa pelo calvário” – disse à Agência ECCLESIA o Pe. João Castelhano, responsável pela organização do Colóquio Nacional de Paróquias, realizado nos dias 12 e 13 deste mês, na cidade de Coimbra. Esta alegria é “uma condição imprescindível” para poder transmitir a fé.
O Colóquio Nacional de Paróquias foi subordinada ao tema «Transmitir a Fé» e os participantes tiveram oportunidade de escutar “lições sobre as melhores formas de transmissão da fé”. “As pessoas agradecem a Deus por terem saúde e a vida orientada, mas quando chega a doença não são capazes de descobrir Deus na sua vida” – considerou este sacerdote de Coimbra.
A comunidade cristã é a “primeira fonte e lugar da partilha da fé”. Esta experiência – a nível caritativo e nos actos litúrgicos – “não fica limitada ao individual, mas em ambientes mais alargados” – salientou o Pe. João Castelhano. E acrescenta: “contagia outras pessoas que estão fora destas realidades”.
Ao olhar para a sociedade actual, o responsável deste encontro aponta as dificuldades nesta transmissão. “A primeira dificuldade é a indiferença porque as pessoas não estão interessadas pelos problemas da fé” – frisou. Os olhos contemporâneos estão focados nos problemas “que estão à vista: dinheiro, emprego, férias e nas coisas palpáveis”.
A dimensão do transcendente “não é evidente” por isso, as pessoas “passam ao largo”. Quando tudo corre bem, “gostam de ter fé”, mas colocam entraves quando “algo não corre tão bem”. E soltam a expressão: “que mal fiz eu a Deus?”. É fundamental ultrapassar esta “dimensão imediatista” – pede o Pe. João Castelhano.
A comunicação social também é visada pelo responsável do colóquio nacional de paróquias. “Ás vezes tem gosto em menosprezar aquilo que é nobre para a Igreja”. E adianta: “ajuda a criar mentalidades”.
Em relação aos padres, este sacerdote de Coimbra sublinha que “procuramos actualizarmo-nos com encontros deste género e que nos ofereçam propostas”. E finaliza: “há padres empenhadíssimos e outros que passam um bocado à margem” destas questões.