Alegremo-nos pela vitória da vida

Mensagem do Bispo de Beja aos Migrantes Os cristãos celebram anualmente o acontecimento central da sua fé, que marca a oração comunitária da Igreja e a vida de cada crente e também de muitos grupos, comunidades e povos. Estamos novamente no tempo de Páscoa, que nos torna presente a Paixão, Morte e Ressureição de Cristo e nos faz exultar de alegria e cantar aleluias. O nosso canto de esperança fundada na vitória de Cristo sobre o pecado e a morte pela oferta do perdão e da ressurreição de entre os mortos, marca a nossa vida e fortalece-nos no nosso caminho de peregrinos. Apesar de muitas perguntas sem respostas imediatas e convincentes, apesar do sofrimento e de muitas mortes causadas pelo pecado do homem, estamos convencidos que a morte não é a última palavra da história e que ainda podemos dar o nosso contributo para que a morte biológica seja apenas uma entrega pacífica nas mãos do Criador, que nos quer fazer partícipes da sua vida gloriosa, onde não haverá mais morte nem sofrimento, mas felicidade eterna. Já conhecemos muitos que viveram assim e morreram na paz do Senhor e por isso agora vivem para sempre. Lembro apenas o saudoso Papa João Paulo II, que precisamente há dois anos teve a sua Páscoa, completados no dia 2 de Abril, uma passagem feliz para a eternidade, depois de ter vivido a testemunhar, pela palavra e pelo exemplo, a esperança da ressurreição, ajudando a humanidade a caminhar para a civilização do amor, cuja plenitude é dom de Deus. Nestes dias vimos partir um grande amigo dos migrantes, o Pe. Rui Manuel da Silva Pedro, chamado para Roma como conselheiro geral da Congregação dos Escalabrinianos, e que por isso teve de deixar o cargo de Director da obra Católica das Migrações, ofício que exercia desde há sete anos e também o Secretariado da Comisão Episcopal da Mobilidade Humana, de que sou Presidente. No pouco tempo que trabalhei com ele, tive nele um precioso amigo e um competente colaborador. Estamos-lhe muito gratos, mas temos que procurar outra pessoa, para dar continuidade a esta missão importante em prol dos migrantes e refugiados. Também por este motivo sentimos a vida como uma Páscoa, uma passagem através de muitas despedidas e desprendimentos. Sempre gratos a Deus por todos os dons que nos concede no nosso peregrinar para a Jerusalém do alto, temos de continuar o caminho traçado e encontrar novos companheiros e colaboradores para a missão que nos foi confiada. Esperamos em breve poder encontrar e apresentar à Conferência Episcopal um novo Director e Secretário. Neste sentido, como Presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana, quero reafirmar a minha fé na vitória da vida, acontecida já na Páscoa de Jesus Cristo e desejar a todos os migrantes, itinerantes e refugiados alegres festas pascais. Não tenhais medo! Com Cristo também sairemos vencedores. Aleluia! † António Vitalino, Bispo de Beja

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