Albânia: País celebra beatificação de 38 mártires assassinados durante a ditadura comunista

Cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, preside este sábado à cerimónia

Cidade do Vaticano, 04 nov 2016 (Ecclesia) – O prefeito da Congregação para as Causas dos Santos (Santa Sé) vai presidir, este sábado na Albânia, à beatificação de 38 sacerdotes e leigos católicos torturados e executados durante a ditadura comunista naquele país.

De acordo com a Rádio Vaticano, o cardeal Angelo Amato vai deslocar-se à Arquidiocese de Scutari como emissário do Papa Francisco para a cerimónia que consagrará como novos beatos da Igreja Católica “dois bispos, 21 sacerdotes diocesanos, 7 franciscanos, 3 jesuítas, um seminarista e quatro leigos”.

O arcebispo de Scutari sublinha que estes “mártires foram presos e acusados injustamente de serem inimigos do povo, sabotadores do regime e espiões do Vaticano”.

“Havia este clima de terror que realmente desumanizou parte do povo albanês. E muitos foram assassinados, não apenas ligados à Igreja Católica, mas também muitos outros”, recordou.

Os futuros beatos foram martirizados entre 1945 e 1974, num período em que a ditadura comunista na Albânia considerava rezar e ter fé um crime punível por lei.

A Catedral de Shkodër, onde vai decorrer a cerimónia de beatificação, chegou a ser utilizada como complexo desportivo.

Foi também o local onde mais tarde decorreu a primeira missa após a queda do regime comunista, a partir de 1990.

JCP

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