Alargar o âmbito da Igualdade

Bispos perspectivam próxima Jornada da Pastoral da Cultura

O contributo da Igreja Católica para o debate da Igualdade – tema da 6.ª Jornada da Pastoral da Cultura, que se realiza a 25 de Junho – passa pelo alargamento do seu conceito.

“Congratulo-me com a ideia de considerarmos a Igualdade em pautas diferentes daquela que habitualmente a vemos”, referiu o bispo de Coimbra, D. Albino Cleto, em entrevista ao Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.

“Nesta Jornada vamos mostrar a Igualdade em perspectivas que habitualmente não a vemos: por exemplo, no respeito pelas culturas diferentes”, referiu o vogal da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais.

Ao fazer referência ao filme “A Ilha da Cova da Moura”, que vai abrir o encontro, D. Albino Cleto frisou que “a Igualdade é o direito de se viver nesse bairro com qualidade, mas com diferenças em relação a outros locais”.

O programa da Jornada da Pastoral da Cultura prevê igualmente um espaço intitulado “A rezar somos todos diferentes e todos iguais”, o que, no entender do prelado, “não significa rezarmos todos o mesmo e com os mesmos gestos”.

“A Igualdade – acrescentou – consiste em aceitar que há muitos caminhos para chegar a Deus e que somos irmãos em itinerários diferentes”.

D. Manuel Linda, bispo auxiliar de Braga, considera que o “elogio da Igualdade”, tema da Jornada da Pastoral da Cultura que se realiza a 25 de Junho, em Fátima, “é o que de mais profundo podemos oferecer ao mundo contemporâneo”.

Em entrevista ao SNPC, o prelado refere que o tema salienta a “certeza de que somos iguais em dignidade a partir da convicção de que somos imagem e semelhança de Deus”.

O antigo Referente da Pastoral da Cultura de Vila Real – diocese que foi uma das primeiras a estar presente nos encontros promovidos pelo SNPC – lembra que o assunto a desenvolver na Jornada é “oportuníssimo” porque “começam a haver sintomas preocupantes de tentativas, algo encapotadas, de mostrar superioridade”.

“As teses de Nietzsche, do ‘super-homem’, não morreram”, referiu D. Manuel Linda, dando como exemplo olhar que a Europa lança em relação aos contendores do conflito entre Israel e alguns sectores do mundo árabe.

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