Ajudar quem ajuda é agora mais fácil

Instituições como a Ajuda de Berço, o Banco Alimentar contra a Fome ou a Comunidade Vida e Paz garantem o apoio às causas sociais que defendem, numa lógica que nunca fez tanto sentido: “ajudar está ao alcance de todos e à medida das possibilidades de cada um”. Todos os portugueses podem agora fazer os seus donativos (a partir de um euro, apenas) num dos 3500 agentes PayShop, indicando a instituição e o valor que desejam doar. A ideia é explicada pelo VER – Valores, Ética e Responsabilidade, um portal online que tem como objectivo disponibilizar um serviço de referência para a comunidade empresarial de língua portuguesa com enfoque principal na promoção e defesa da ética e da responsabilidade social das empresas e dos seus gestores. Enquanto trata comodamente do pagamento das suas facturas domésticas (luz, água, gás, televisão por cabo, etc.), carrega o telemóvel ou revalida os seus títulos de transporte, o comum dos mortais pode contribuir para as causas de dez instituições de solidariedade portuguesas, efectuando em qualquer um dos agentes PayShop espalhados pelo país um registo do seu donativo e recebendo, como comprovativo, um recibo dedutível no IRS/IRC. A Abraço, Ajuda de Berço, Banco Alimentar Contra a Fome, Comunidade Vida e Paz, Cruz Vermelha Portuguesa, Encontrar+se, Fundação do Gil, Liga Portuguesa Contra a SIDA, SOL e UNICEF são as dez aderentes, no mundo da solidariedade, à iniciativa da empresa do grupo CTT. Para Sandra Anastácio, fundadora e presidente da direcção da Ajuda de Berço, “numa altura em que estamos muito preocupados com a crise financeira, esta é mais uma oportunidade para aumentar a angariação de donativos”. Também a Comunidade Vida e Paz procura incrementar as contribuições à sua actividade – o auxílio e reintegração de sem-abrigo e pessoas em situação de desamparo -, ao mesmo tempo que visa, ao aderir à campanha da PayShop, reforçar a notoriedade à sua missão. Esta IPSS “não pode subsistir sem a ajuda dos benfeitores”, lembra Jorge Santos, presidente da direcção, já que nos seus centros de intervenção recuperam da toxicodependência e do alcoolismo cerca de 240 sem-abrigo “a quem é preciso dar tudo – roupas, artigos de higiene, tratamento médico, alimentação, formação integral, um programa de recuperação bio-psicossocial durante mais de um ano, integração ou reintegração social e apoio na procura de emprego e habitação. Isabel Jonet, presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, garante ao VER que, com ou sem crise, “os portugueses têm-se mostrado muito solidários com o Banco Alimentar”. A ideia da criação do VER tem a sua génese na ACEGE – Associação Cristã de Gestores e Empresários – constituindo, contudo, um projecto autónomo desta. A sua linha editorial apoia-se nos valores defendidos no Código de Ética para Gestores e Empresários, lançado pela ACEGE em 2005.

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