Ajuda às vítimas dos incêndios vai continuar com a criação de postos de trabalho

A Cáritas Portuguesa continua a aplicar os fundos obtidos na Campanha do verão passado e avança para uma nova fase no apoio aos mais afectados A Cáritas Portuguesa assegura que até Maio deste ano estarão prontas todas as habitações que se comprometeu reconstruir para as vítimas dos incêndios e vai avançar para um novo tipo de apoio, que passa pela criação de postos de trabalho. Eugénio Fonseca, presidente da organização católica para a assistência, revela à Agência ECCLESIA que “no final de Maio teremos concluída a fase de reconstrução de casas e agora vamos avançar para uma nova fase do programa de apoio às vítimas dos incêndios”. Assim sendo, até ao próximo Conselho Geral da Cáritas, de 14 a 15 de Fevereiro, as dioceses apresentarão o levantamento das hipóteses reais – “as que têm viabilidade financeira e que possam ser assumidas pelo mercado” – de criação de postos de trabalho para as pessoas que o perderam com a vaga de incêndios e de formação profissional para aquelas que necessitarem de uma reconversão profissional. “Temos parcerias já em andamento, nomeadamente o projecto Convergências –com a Animar – e a nossa pequena subvenção Envolver Mais – com associações de desenvolvimento -, mas é óbvio que contamos com os Centros de Emprego das localidades a contemplar”, explica. O presidente da Cáritas revela ainda que em Fevereiro serão tornados públicos, através dos órgãos de Comunicação Social, “todos os números concretos” deste programa, financiado pela campanha da Cáritas lançada no verão passado. “Se conseguirmos cumprir a nossa missão na totalidade face aos objectivos e restar alguma verba da que a generosidade dos portugueses ofereceu, iremos avançar para a 4ª fase, que é o apoio aos espaços públicos afectados pelos incêndios”, assegura. Para já, é possível saber quais são os números desta 2ª fase do programa. Na diocese de Portalegre-Castelo Branco foram recuperadas 6 casas e estão em reconstrução 5 habitações – nesta diocese foram auxiliadas 194 famílias. Em Santarém as intervenções foram feitas em 5 casas –beneficiando perto de 30 pessoas -, o mesmo número de intervenções do que na Guarda, que é a diocese onde o atraso registado é maior. Em Beja a Cáritas diocesana assegurou a reconstrução da única casa que ardeu, pertencente a uma família de imigrantes; também em Viseu está em curso a reconstrução total de uma habitação. A estas situações junta-se a construção de 6 casas em Monchique, no Algarve, exemplo particularmente significativo, dado que nenhuma outra instituição fez o mesmo no local.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top