AIS: Fundação pontifícia ajuda cerca de 500 irmãs que apoiam vítimas do Covid-19 na República Democrática do Congo

Fundação: AIS

Lisboa, 09 jul 2020 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) está a apoiar a “subsistência de quase 500 irmãs” que trabalham junto de vítimas da Covid-19 na República Democrática do Congo, num continente onde o confinamento agravou “situações muito críticas de pobreza”.

Na informação enviada hoje à Agência ECCLESIA, a fundação pontifícia explica que a ajuda “no valor global de 120 mil euros” destina-se à “sobrevivência de 464 irmãs” de 69 comunidades religiosas femininas de seis congregações.

“A ajuda de emergência da Fundação AIS é essencial para que estas religiosas possam continuar a apoiar as populações mais carenciadas”, acrescenta.

“Quando os conflitos levam as ONG a abandonar os locais onde desenvolviam o seu trabalho, por ser muito perigoso, a Igreja fica presente”, disse Christine du Caudray, responsável a nível internacional pelos projetos da AIS na República Democrática do Congo.

O secretariado português da fundação pontifícia assinala que o confinamento das pessoas, como medida preventiva para evitar o contágio do coronavírus Covid-19, agravou “situações já de si muito críticas de pobreza”, especialmente nas regiões afetadas por “violência de grupos armados, conflitos étnicos e perseguição religiosa” e a República Democrática do Congo “é um desses países”.

A AIS identifica Bukavu como uma das regiões “atormentadas” por conflitos étnicos, insegurança, incursões armadas de países vizinhos, sequestros e violações, e a Província Eclesiástica de Bukavu – compreende seis dioceses – “é um espelho de um país onde a vida é um verdadeiro pesadelo”.

As religiosas que vivem e trabalham nesta diocese da República Democrática do Congo são o “rosto da solidariedade da Igreja” e o confinamento aumentou o desemprego e originou “mais pobreza e fome”.

“Em condições normais são os fiéis que dão o apoio material e comida. Agora, com os paroquianos confinados, a vida tornou-se mais difícil para todos, porque a maioria das pessoas vive apenas com o trabalho do dia-a-dia”, explicou D. Bernard-Emmanuel Kasanda, bispo de Mbuji-Mayi, no centro do país africano.

A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre informa que avançou com  ajuda de emergência para apoiar esta Igreja da República Democrática do Congo que na sua população tem uma taxa de desemprego “muito alta, cerca de 96%”.

CB

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