AIS dá a conhecer realidade do Zimbabué

Documentário conclui ciclo transmitido este Verão no Programa Ecclesia

A Fundação AIS e o Programa Ecclesia concluem esta Quarta-feira um ciclo de documentários sobre a Igreja perseguida em várias partes do mundo com uma reportagem intitulada “Zimbabué: saído das trevas”.

O programa fala num país com inflação num crescimento em espiral, pobreza espalhada por todo o lado, política desastrosa. E estes são apenas alguns dos problemas que o povo do Zimbabué enfrenta. A Igreja Católica está a fazer o seu melhor para trazer esperança a uma situação desesperada.

De 1982 a cerca de 1986, houve um distúrbio civil ao qual normalmente se chama Gukurahundi. Cerca de 20.000 pessoas perderam a vida em Matebeleland e Midlands. Por isso, lá o trauma ainda existe.

As crianças são educadas de forma diferente. Algumas já estão revoltadas umas com as outras, simplesmente porque pertencem a partidos diferentes e a famílias diferentes. A Igreja não consegue ficar calada. Estende a mão para ajudar a reconciliar as crianças, para que a influência destas alcance os pais.

Não têm meios para suprir as necessidades básicas. A primeira refeição dos alunos é o almoço, que lhes é fornecido na escola. Durante toda a manhã tentam aprender de estômago vazio.

Os zimbabueanos querem ficar no Zimbabué, não querem ir para a África do sul. Mas encontram-se numa situação em que o Zimbabué, que é a sua nação, já não tem uma vida para lhes oferecer.

O Pe. Frederick Chiromba, Secretário-Geral da Conferência de Bispos Católicos do Zimbabué afirma: “Dada a nossa situação económica, muitas vezes encontramo-nos numa situação em que a Igreja local não se consegue sustentar a si própria. Por isso, temos tantas necessidades e estamos muito agradecidos aos benfeitores internacionais que foram surgindo ao longo dos anos e apoiaram a Igreja local de diferentes maneiras. Sem esse apoio, penso que a Igreja não teria sido capaz de se manter até hoje”.

Um sacerdote no Zimbabué, apresentado no documentário, revela: “Quando voltei das minhas viagens à Alemanha e ao estrangeiro, havia cada vez mais pessoas a dizer-me: «Não percas o teu tempo em África, regressa. Têm de aprender a tomar conta deles próprios»”.

“E eu digo às pessoas na Europa, estamos habituados a tirar minerais e outras coisas de África porque precisamos. Porque é que não podemos dar-lhes ajuda humanitária também?”, atira.

 Departamento de Informação da Fundação AIS

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