AIS avalia prioridades dos projectos enquanto o Papa ruma a África

Enquanto o Papa Bento XVI embarca na sua primeira viagem a África, a Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) sublinha o seu compromisso na promoção dos valores do Evangelho, afirmando que o papel da Igreja é vital na procura desesperada da paz no continente. O apoio a projectos por parte da AIS praticamente cresceu mais em África do que em qualquer outro continente, especialmente durante os últimos três anos, à medida que a Instituição responde ao boom de vocações e ao crescente número de católicos. Com um aumento crescente da procura dos recursos da AIS, o departamento de projectos da Instituição está a concentrar as suas ajudas no ensino do Cristianismo, bem como na formação religiosa e humana do clero e dos leigos, que considera fundamental na proposta para quebrar o ciclo de violência e de outras formas de conflito. A directora de projectos, Regina Lynch, afirmou: “A Igreja em África, com cada vez mais sacerdotes e leigos comprometidos, é, sem dúvida, a melhor esperança para um continente que para algumas pessoas não é mais do que injustiça, derramamento de sangue e desespero.” As suas observações são proferidas no dia em que o Santo Padre parte para Angola e os Camarões, numa viagem memorável em que se espera que o Pontífice revele os seus planos para a Igreja em África, especialmente no contexto de um agravamento dos conflitos. Os últimos valores auditados revelam que, anualmente, a AIS ajudou Angola com € 443.600 para Angola e € 553.000 para os Camarões, apenas uma parte de um total de quase € 14 milhões para toda a África. Regina Lynch afirmou que a prioridade da AIS surge entre relatórios de renovado crescimento da Igreja local, sinal de esperança num continente onde o fundamentalismo, a pobreza e a fome se agravaram. No início do mês as estatísticas do Vaticano demonstram que as vocações ao sacerdócio em África tinham aumentado 27,6% durante o ano de 2007. Afirmou que a AIS tinha respondido ao aumento das vocações com um maior compromisso de ajuda aos seminaristas e à religiosas. E acrescentou: “É fundamental apoiar as vocações, especialmente neste tempo de crescimento, mas para a AIS não é só uma questão de quantidade mas de qualidade, e nós estamos a trabalhar com os superiores religiosos no discernimento e na formação das vocações.” Regina Lynch sublinhou também o trabalho da AIS com os leigos, promovendo os valores da família cristã, a prevenção da SIDA e outras iniciativas em favor da vida. “O aumento do apoio da AIS em África é uma resposta à vida e à energia na Igreja, ao seu esforço por restaurar o respeito pela dignidade humana, abrir caminhos para a reconciliação e proporcionar aos jovens uma oportunidade de uma vida melhor.” E acrescentou que é vital inculcar os valores cristãos, como o amor e o perdão, desde cedo, destacando a Bíblia para Crianças da AIS, que tem sido distribuída por 46 países africanos em 64 línguas diferentes. Na sua opinião, as iniciativas de reconciliação são cruciais, sublinhando o apoio da Obra ao santuário mariano em Kibeho, no Ruanda, um projecto que tem ajudado a curar as feridas do país provocadas pelo conflito civil. Sublinha também a ajuda da Instituição em regiões do continente afectadas pela expansão do Islão, principalmente em países como o Sudão, realçando projectos como as escolas Save the savable para crianças deslocadas em Cartum. Regina Lynch afirma: “Infelizmente, o fundamentalismo está a afectar profundamente o continente e em alguns países o futuro do Cristianismo é uma espada de dois gumes.” “A violência, a pobreza e o extremismo em regiões como a República Democrática do Congo, o Zimbabué e o Sudão afectaram a dignidade da pessoa humana, os seus valores, a sua noção do certo e do errado, o seu sentido de comunidade e a sua confiança em Deus. Se se pretende que estas feridas sejam curadas, a Igreja precisa da nossa ajuda.” Departamento de Informação da Fundação AIS

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