África: Populações afetadas pelo vulcão na Ilha do Fogo ajudadas pelas Igrejas dos países vizinhos

Apelo partiu da Conferência Episcopal local

Tambacounda, Senegal, 12 dez 2014 (Ecclesia) – Os bispo da Conferência Episcopal do Senegal, Mauritânia, Cabo Verde e Guiné-Bissau estiveram reunidos em Assembleia Plenária e lançaram uma campanha de ajuda às populações afetadas pela atividade do vulcão na Ilha do Fogo.

Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, os prelados do Senegal, Mauritânia, Cabo Verde e Guiné-Bissau pedem aos seus diocesanos e a “todas as pessoas de boa vontade” que organizem “coletas nas paróquias e nas comunidades eclesiais” para ajudar as populações que “perderam os seus bens na Ilha do Fogo”.

“Em espírito de comunhão fraterna e de solidariedade, pedimos a todos os nossos diocesanos do Senegal, da Mauritânia, de Cabo Verde e da Guiné Bissau, assim como, todas as pessoas de boa vontade, para que organizem coletas nas paróquias e nas comunidades eclesiais de base, de forma a ajudar os nossos irmãos e irmãs que perderam seus bens na Ilha do Fogo”, afirma o documento.

Os bispos da Guiné-Bissau propõem que no quarto domingo do Advento, dia 21 de dezembro, as ofertas nas missas sejam destinadas às populações afetadas e que esta campanha de solidariedade continue “por mais algum tempo”.

“Importante é que as referidas coletas estejam na Caritas da Guiné-Bissau e no Conselho Caritas Bafatá até dia 12 de janeiro 2014”, informam os bispo do Senegal, Mauritânia, Cabo Verde e Guiné-Bissau.

No apelo à solidariedade pela Ilha do Fogo, em Cabo Verde, o bispo de Bissau e o de Bafatá, contextualizam que o vulcão da Ilha do Fogo “acordou” a 23 de novembro e, desde essa data, a região Chã das Caldeiras que alberga milhares de pessoas, vinhas, campos de agricultura e pastagens está “sob fogo intenso” e depois das lavas terem destruído as localidades de Portela e Bagaeira ameaça agora Fernão Gomes.

Na Mensagem dos bispos da Conferência Episcopal Interterritorial do Senegal, Mauritânia, Cabo Verde e Guiné-Bissau afirma-se também preocupação com o “avanço do islamismo no mundo” e em concreto na sua “sub-região” e denunciam com “firmeza todas as formas de violência e de intolerância em nome da religião”.

“Apelamos ao respeito recíproco entre os crentes para favorecer o diálogo e o encontro fraterno, para juntos promover o desenvolvimento harmonioso dos povos”, desenvolvem.

No comunicado recebido, os prelados recordam também o encontro que tiveram com o Papa Francisco no Vaticano, em visita Ad Limina de 10 a 15 de novembro, e o pedido de continuarem a missão de anunciar o Evangelho para o “desenvolvimento integral do homem”, nomeadamente em áreas como a “promoção humana, da educação, da saúde e da paz”.

CB/PR

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