África/Igreja: Bispos de Angola e São Tomé defendem a vida

Assembleia Geral da CEAST aprova documento onde afirma que o aborto é «contra a identidade cultural» e «uma ameaça à existência»

Luanda, Angola 01 nov 2013 (Ecclesia) – A conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) aprovou a Nota Pastoral “Defendamos a vida” e apresentou o tema “A Nova Evangelização, Missionários enraizados em Cristo” para o próximo triénio.

“Não podemos manter-nos calados perante um problema de tão graves e irreparáveis consequências para a nossa Nação. Seria abdicarmos, não apenas da nossa responsabilidade de pastores mas até da nossa própria fé em Deus”, explicam os bispos da CEAST na nota pastoral ‘Defendamos a vida’, apresentada com as conclusões da II Assembleia Geral de 2013 que terminou esta quarta-feira.

Os bispos de Angola e de São Tomé afirmam no documento que “o aborto é contra a Lei Divina”, “contra a identidade cultural” e “uma ameaça à existência”.

Os prelados pedem aos pais, amigos, educadores e profissionais de saúde que “jamais” aconselhem ou aceitem o aborto: “Pelo contrário, devem encorajar a aceitação da nova vida, independentemente das circunstâncias em que tenha sido concebida”, recomendam.

O episcopado recorda também que “para qualquer angolano, independentemente da sua religião a vida é sempre sagrada e é o primeiro bem deste mundo”, reforçando a mensagem de setembro.

Os bispos de Angola e São Tomé e Príncipe consideram ainda que os países que “optaram pela política abortiva, chamando-a de conquista das novas liberdades da pessoa humana” debatem-se atualmente com uma população “mais envelhecida, sem perspetiva de rejuvenescimento”.

A CEAST publicou o documento “A Igreja ao serviço da vida”, a 2 de março de 2013, e “O inviolável direito à vida”, no dia 18 de novembro de 2011.

No Comunicado Final da Assembleia Geral da CEAST, os bispos mostram-se solidários com as pessoas do sul de Angola que “ainda se encontram sob o flagelo da fome e sede” e assumiram ainda o compromisso de “prestarem maior atenção” e importância à “novidade da mobilidade humana”.

Relativamente às crianças acusadas de feitiçaria nas dioceses do norte, a CEAST recomenda “um estudo multidisciplinar” entre antropólogos, psicólogos, sociólogos e teólogos para determinarem “a base cultural” destas “situações anómalas”.

Os responsáveis católicos solidarizam-se também “com o bispo de Viana e com todos os cristãos de Angola que se revêm na devoção à Mamã Muxima”, pela profanação ocorrida no dia 27 de outubro nesse Santuário contrária ao “respeito e da convivência pacífica”.

A II Assembleia Geral da CEAST de 2013 assinalou o encerramento oficial o Ano da Fé, na paróquia de Nossa Senhora de Fátima, no dia 27 de outubro, e a inauguração da exposição  «Angola crer, imagens de uma aventura».

CB/PR 

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