Açores recordam cardeal José da Costa Nunes

Pico, Açores, 20 mar 2012 (Ecclesia) – A Diocese de Angra evocou esta segunda-feira o 50.º aniversário da criação como cardeal de D. José da Costa Nunes (1880-1976), bispo de Macau e patriarca das Índias Orientais, natural da ilha do Pico.

“Faço votos e peço ao Senhor que o ardor missionário do passado, de que a ilha do Pico tanto se ufana, se renove no presente, com frutos tão preciosos, como foram os missionários do Oriente, de que D. José da Costa Nunes é, sem dúvida, figura de destaque, que tanto nos honra”, assinalou o bispo diocesano, D. António Sousa Braga, numa mensagem enviada hoje à Agência ECCLESIA.

As paróquias do Pico assinalaram a efeméride com uma celebração eucarística de ação de graças na igreja paroquial da Candelária, terra natal do cardeal, onde repousam os seus restos mortais.

No final da celebração padre Marco Martinho revelou que o núncio apostólico (embaixador da Santa Sé) em Portugal vai visitar a ilha do Pico a 10 de maio, presidindo a uma celebração eucarística no santuário diocesano do Senhor Bom Jesus Milagroso, em São Mateus, e visitando o túmulo e a casa museu do cardeal Costa Nunes.

D. José da Costa Nunes foi eleito bispo de Macau em dezembro de 1920, diocese que então incluía o território timorense, Singapura e Malaca.

Em dezembro de 1940, foi nomeado pelo Papa Pio XII para o lugar de arcebispo de Goa e Damão e titular de Cranganor, primaz do Oriente, com o título de patriarca das Índias Orientais.

A 3 de junho de 1946 foi condecorado pelo governo português com a grã-cruz da Ordem do Império Colonial e a 22 de julho de 1953 com a grã-cruz da Ordem de Cristo.

A 16 de dezembro de 1953 foi oficializada a sua renúncia ao cargo de arcebispo de Goa e Damão, tendo Pio XII nomeado o prelado português como vice-carmelengo da Santa Sé, na Cúria Romana.

D. José da Costa Nunes foi criado cardeal por João XXIII a 19 de março de 1962, sendo-lhe imposto o barrete três dias depois, aos 82 anos de idade; participou no Concílio Vaticano II (1962-1965) e foi cardeal eleitor no conclave de 1963, que elegeu o Papa Paulo VI.

O cardeal açoriano faleceu em Roma aos 96 anos, no dia 29 de novembro de 1976.

OC

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