Açores: Município de Ribeira Grande inaugura Museu Vivo do Franciscanismo

Propósito da instituição é «contribuir para o conhecimento de um elemento essencial da identidade histórica do arquipélago»

Ribeira Grande, Açores, 14 fev 2013 (Ecclesia) – A Câmara Municipal de Ribeira Grande, na ilha açoriana de São Miguel, inaugura hoje o Museu Vivo do Franciscanismo.

A estrutura, que serve simultaneamente de centro interpretativo e de estudo da presença e ação franciscana no arquipélago, situa-se dentro da igreja do antigo convento franciscano de Nossa Senhora de Guadalupe, revela a autarquia na rede social Facebook.

O convento, construído entre 1612 e 1626, encerrou em 1833 devido à extinção das ordens religiosas em Portugal decretada pelo regime político, sendo depois entregue à Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande para acolher o hospital da instituição.

Além dos religiosos da Ordem dos Frades Menores, o convento albergou irmãos da Venerável Ordem Terceira da Penitência, responsáveis pela Procissão do Senhor Santo Cristo dos Terceiros, que continua a realizar-se anualmente e que passa a ser uma das atribuições do espaço museológico.

“O propósito deste Museu é contribuir para o conhecimento de um elemento essencial da identidade histórica do arquipélago dos Açores, materializada na dimensão evangelizadora, pedagógica, cultual e cultural da Ordem Franciscana”, refere o município.

A história do Franciscanismo na Ribeira Grande incide sobre o espaço da igreja conventual, identificando-se as áreas de devoção e os rituais católicos, ao mesmo tempo que sublinha a prática social, ritual e festiva da fé.

O novo museu “ganha vida” quando as suas peças saírem para o “espaço urbano e secular” aquando da Procissão dos Terceiros, “recordando o ideal de aproximação entre religiosos e leigos que tão acarinhado foi por São Francisco”.

A instituição passa a registar “uma memória e uma tradição viva, que não se perdeu nos trilhos da liberalização política ou da secularização social, mas que ainda vive como marca interruptora de um quotidiano estereotipado”.

A inauguração, marcada para as 18h00, é seguida neste domingo pela procissão do Senhor Santo Cristo dos Terceiros, composta por 10 andores que evocam a história de São Francisco de Assis (c. 1182-1226) e dos santos pertencentes à Ordem.

CMRB/RJM

 

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