Impérios vão centrar mais a sua atividade na caridade
Angra do Heroísmo, Açores, 20 mai 2021 (Ecclesia) – A Diocese de Angra informou que as Festas do Divino Espírito Santo, que iam marcar as ilhas dos Açores a partir deste domingo de Pentecostes, não se vão realizar na forma habitual pelo segundo ano consecutivo, por causa da pandemia.
O sítio online ‘Igreja Açores’ explica que as comissões, mordomos e irmandades dos impérios vão manter os domingos e a oração diária do terço e distribuir “as esmolas de carne, pão ou vinho”, entregues ao domicílio, evitando aglomerações de pessoas.
A decisão de cada uma das ouvidorias (conjunto de paróquias) tem por base questões sanitárias, no contexto da pandemia de Covid-19, e se algum imperador quiser coroar, “não pode fazer cortejo”, e devem evitar convidar pessoas, observando as restrições ao número de pessoas nas igrejas, “nem pode fazer função ou almoço que aglomere pessoas”.
As festas do Espírito Santo realizam-se por todo o Arquipélago dos Açores, todas as semanas desde a Páscoa até ao Domingo de Pentecostes, este ano no dia 23 de maio, ou a solenidade da Santíssima Trindade, no próximo dia 30.
O culto ao Divino Espírito Santo é uma das marcas da religiosidade popular açoriana, na ilha Terceira, este culto está documentado desde 1492, quando faziam o Império e se distribuía o bodo, no dia de Pentecostes, à porta de uma capela do hospital do Espírito Santo.
O sítio online ‘Igreja Açores’ explica a dinâmica das festas em honra da Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, e assinala que na ilha Terceira têm uma força “muito original”, são vividas sobretudo na zona do Ramo Grande (Ouvidoria da Praia), onde a economia continua a ser predominantemente agrária, e são “bastante conhecidos” os impérios da Vila Nova e das Lajes pelo número de pessoas envolvidas.
CB/OC