D. João Lavrador está na Ilha de São Jorge a contactar com paróquias, comunidades locais e instituições sociais e culturais
Angra do Heroísmo, Açores, 11 jan 2021 (Ecclesia) – O bispo de Angra alertou para a “desertificação” nas ilhas mais pequenas do arquipélago dos Açores e valorizou a religiosidade popular para a evangelização.
“Assistimos em São Jorge a uma realidade que é transversal às ilhas mais pequenas, que é o seu progressivo abandono, e temos de ser capazes de inverter esta situação”, disse D. João Lavrador, no contexto da visita pastoral que está a realizar a esta ilha até esta sexta-feira, dia 15.
Ao sítio online diocesano ‘Igreja Açores’, o bispo de Angra explicou que “a desertificação também é uma realidade junto de várias associações cívicas”, que “não conseguem ter lideranças fortes”.
Sobre a ação da Igreja, D. João Lavrador assinalou que têm de “ser capazes de aproveitar” a “riqueza única” que existe nos Açores, por exemplo, “à volta das festas e da mesa, das copeiras do Espírito Santo”.
“Este desejo imenso de comungar de tradições dos antepassados para aprofundarmos, desenvolvermos e alimentarmos os valores evangélicos que têm um substrato muito grande e que devem ser aproveitados”, acrescentou.
Segundo D. João Lavrador, “ao contrário de outras zonas”, nos Açores ainda têm “muitos elementos desta religiosidade” e têm de “aproveitar para ajudar as pessoas a centrarem a sua vida em Cristo, no seu Evangelho e trazer para a vida estes valores”.
O sitio Igreja Açores’ informa que a visita pastoral à Ilha de São Jorge começou no dia 7, e D. João Lavrador está a contactar as paróquias dos concelhos da Calheta e das Velas, as comunidades locais e instituições sociais e culturais, após o cancelamento desta viagem a 15 de março de 2020, no primeiro confinamento originado pela pandemia Covid-19.
Segundo a Diocese de Angra, a ilha de São Jorge é uma das maiores em termos geográficos mas também uma das mais pequenas em termos populacionais: Nos 28 lugares de culto há comunidades com “pouco mais de 40 habitantes” mas todas as semanas há pelo menos uma Missa em todos os lugares de culto”.
CB/PR