Açores: Bispo desafia cristãos a viver uma fé «viva e atuante»

D. António de Sousa Braga presidiu este domingo à celebração dos 300 anos da igreja de São José em Ponta Delgada

Ponta Delgada, Açores, 25 mar 2014 (Ecclesia) – O bispo de Angra, D. António de Sousa Braga, presidiu à celebração pelos 300 anos da igreja de São José, onde lembrou os católicos de que mais importante que os espaços é celebrar “uma fé viva e atuante”.

“Comemoração é fazer memória, o que biblicamente consiste, não apenas em recordar algo do passado, mas, sobretudo, em tornar presente e atuante, a fé que animou gerações e gerações, que se reuniram nesta igreja. Em comunidade e como comunidade, queremos celebrar a nossa fé no Senhor Jesus e na Sua Igreja, sinal e instrumento da salvação de Deus, trazida por Cristo”, disse D. António de Sousa Braga na missa que celebrou em Ponta Delgada, ilha de São Miguel.

O bispo de Angra partiu da análise do encontro de Jesus com uma mulher da Samaria, relatado pelo Evangelho de São João, para lembrar a todos os presentes que “a Igreja deve ser um lugar de inclusão, onde todos os que têm sede podem beber e os que têm fome podem comer”. 

“Deus não Se revela através dos meios do poder e da riqueza do mundo, mas com os da fragilidade e da pobreza: ‘sendo rico, se fez pobre por vós’”, recordou o prelado que exortou os cristãos a seguirem os passos de Deus.

“Em cada época e lugar, Deus continua a salvar os homens e o mundo por meio da pobreza de Cristo, que Se faz pobre nos Sacramentos e na Sua Igreja, que é um povo de pobres. A riqueza de Deus não pode passar através da nossa riqueza, mas sempre e apenas através da nossa pobreza, pessoal e comunitária, animada pelo Espírito de Cristo”, acrescentou.

Segundo informa a página da internet da Diocese de Angra D. António de Sousa Braga deixou ainda uma palavra para a forma como os cristãos devem viver a fé, dizendo que esta “é um ato pessoal, na medida em que é uma escolha livre e voluntária, mas é, ao mesmo tempo, um ato comunitário e eclesial”.

“A única forma de viver essa fé em comunidade é na Igreja, na sua dimensão humana e divina, com todas as suas limitações e fragilidades”, concluiu o bispo de Angra, refere o portal.

MD

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