Açores: Diocese de Angra define «perfil de Igreja» para atuar no «palco do mundo»

Assembleia Diocesana vai analisar diagnóstico realizado ao longo do último ano em todo o arquipélago

Foto Agência ECCLESIA/PR, Ilha de São Miguel

Angra do Heroísmo, 02 out 2020 (Ecclesia) – A Diocese de Angra inicia hoje a Assembleia Diocesana para analisar o diagnóstico realizado ao longo do último por todo o território diocesano e vai definir o “perfil de Igreja” nos Açores em torno de cinco prioridades.

Em declarações à Agência ECCLESIA, o bispo de Angra afirmou que o objetivo do trabalho em curso corresponde à ativar uma “caminhada sinodal” que conduza à “renovação da Igreja” e resulte na consciencialização de “todos os batizados” de que são “membros ativos” nas comunidades onde se inserem.

D. João Lavrador deseja “que todos os batizados se sintam participativos” e afirma que “o mundo é o grande palco” onde todos são “chamados a evangelizar”.

A Assembleia Diocesana, que se realiza entre o dia de hoje e a próxima segunda-feira, dia 5 de outubro, vai analisar os “traços de uma Igreja em renovação a partir dos sinais dos tempos” com a participação do Conselho Pastoral Diocesano e o Conselho Presbiteral.

Foto: Agência ECCLESIA/MC, D. João Lavrador

Para o bispo de Angra, o diagnóstico que foi realizado em toda a diocese, auscultando os “sinais dos tempos” na cultura, na sociedade e na Igreja nos Açores, e as indicações que o Papa Francisco tem indicado, sugerem a definição do “rosto de Igreja” em torno de cinco prioridades.

“Uma Igreja tipicamente evangelizadora, centrada em Jesus Cristo e atenta à pessoa” e “uma Igreja Missionária, que sai de si própria, de portas abertas e vai ao encontro de todos” são duas propostas para a Igreja nos Açores.

O diagnóstico realizado ao longo do último ano aponta também para a necessidade de uma Igreja que “dialoga com o mundo, que está atenta, que se despoja de si mesma para olhar e atender o clamor daqueles que estão na sociedade, e seja capaz de interpretar o grito dos pobres”.

Em quarto lugar, os açorianos desejam “uma Igreja que se configura com uma Igreja ministerial, com o serviço de todos, bispo, sacerdotes, leigos, religiosas e religiosas, e não clerical”.

O trabalho de auscultação realizado em toda a diocese sugere ainda “uma igreja pobre com os pobres e atenta à criação, à ecologia, que integra em si tudo o que são as realidades do mundo e dos homens e os problemas da humanidade de hoje”.

“A Assembleia vai acrescentar, melhorar e retificar e enviará depois as conclusões para a continuação dos trabalhos, na senda de uma Igreja participativa e com um rosto novo”, concluiu D. João Lavrador.

PR

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