Abusos Sexuais: Fundação Ajuda à Igreja que Sofre condena condutas impróprias, após acusação contra fundador

Lisboa, 14 fev 2021 (Ecclesia) – A fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) confirmou, em comunicado, as denúncias de agressão sexual cometida contra o seu fundador, padre Werenfried van Straaten, condenado quaisquer condutas impróprias neste campo.

O caso, considerado “credível”, teria ocorrido em 1973 e foi denunciado no início deste mês pelo suplemento “Christ & Welt” do jornal alemão ZEIT; o padre van Straaten faleceu na Alemanha, a 31 de janeiro de 2003, com 90 anos de idade.

O presidente executivo da AIS Internacional, Thomas Heine-Geldern, sublinha que a instituição está “consternada pelas graves acusações” relativas ao fundador da organização de caridade e “condena qualquer forma de conduta de que o padre van Straaten é acusado”.

A acusação foi apresentada em 2010, após a morte do sacerdote, por uma mulher – com 23 anos, em 1973 – sendo qualificada pela AIS como “verosímil, embora a questão da culpabilidade já não se pudesse esclarecer”.

Os responsáveis referem que “seguiram a política recomendada a nível eclesial na Alemanha, quanto ao procedimento em caso de abusos”, concedendo à pessoa em causa uma “ajuda económica de 16 mil euros, como indemnização pelo seu sofrimento”.

A AIS destaca que a mulher manifestou o “desejo de confidencialidade” relativamente ao caso e que não há registos de outras denúncias de violência sexual associadas ao padre van Straaten.

Em 2011, a AIS foi elevada a fundação pontifícia, dependente da Santa Sé, com novas estruturas de controlo e gestão.

“As diretrizes de salvaguarda para a prevenção de abusos sexuais consolidaram-se como princípio organizativo num processo de vários anos e estabeleceram-se como critérios para todos os projetos da AIS”, indica o comunicado publicado no site internacional da fundação, que é acompanhado por uma nota suplementar de esclarecimento.

A organização católica sublinha a intenção de manter o seu serviço “aos cristãos perseguidos e que sofrem”.

“A AIS fará todo o possível para não dececionar no futuro a confiança estabelecida pelos seus benfeitores”, indica Thomas Heine-Geldern.

OC

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