Abusos sexuais: Bispos Franceses manifestam «espanto» e «dor» pelos resultados da investigação a Jean Vanier

Conselho Permanente da Conferência Episcopal Francesa agradece «às mulheres vítimas» que tiveram a «coragem de falar sobre o que sofreram»

Paris, 22 fev 2020 (Ecclesia) – O Conselho Permanente da Conferência Episcopal Francesa (CEF) publicou hoje um comunicado onde afirma o seu “espanto” e a sua “dor” pela investigação de “L’Arche” que revela abusos sexuais levados a cabo pelo seu fundador.

“Os Bispos da França receberam com espanto e dor o que a investigação aberta pela ‘L’Arche Internationale’ revela hoje sobre o comportamento de Jean Vanier em relação a várias mulheres, ao longo de vários anos, comportamentos que misturam a dimensão espiritual e abuso sexual no seguimento da relação espiritual que Jean Vanier mantinha com o padre Thomas Philippe, dominicano, e sob a influência das doutrinas perversas deste último”, afirma o comunicado.

O Conselho Permanente da CEF agradece “às mulheres vítimas de Jean Vanier que tiveram a coragem interior de falar sobre o que sofreram”.

“Em nome de todos os bispos da França, asseguramos a compaixão pelas mulheres que foram abusadas”, afirmam.

O comunicado divulgado na página da internet da CEF assegura que os bispos franceses “expressam a sua determinação em atuar para que seja feita luz” sobre a investigação em curso.

[Os bispos franceses] expressam sua confiança nas comunidades de ‘L´Arche’, onde pessoas com deficiência e assistentes vivem relacionamentos autênticos de respeito e ajuda mútuos”, acrescenta o comunicado, agradecendo aos atuais responsáveis da instituição que “tomaram a sério os testemunhos recebidos e que puderam adotar os meios necessários para uma investigação independente e completa”.

De acordo com a ‘L’Arche’, desde 2014 chegam à instituição testemunhos de várias mulheres abusadas sexualmente pelo padre Thomas Philippe, falecido em 1993; a realização da investigação revelou a existência de abusos cometidos também por Jean Vanier, que faleceu em 2019; a averiguação não indica que entre as vítimas estejam pessoas portadoras de deficiência.

PR

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