Bispo auxiliar presidiu à celebração da Luz da Paz de Belém na Sé
Lisboa, 20 dez 2017 (Ecclesia) – D. Joaquim Mendes, presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família, destacou a luz de Cristo que nasce com este Natal e que ilumina “o interior” de cada homem e mulher e é capaz de “romper com todas as escuridões” do mundo.
O bispo auxiliar de Lisboa deixou esta mensagem durante a celebração de acolhimento à Luz da Paz de Belém, que teve lugar na Sé de Lisboa.
Na sua homilia, enviada hoje à Agência ECCLESIA, o responsável católico salientou que Cristo “é a verdadeira Luz de Belém”, que durante este Natal vai ser simbólicamente acesa pela paz, em todas as dioceses e paroquias, através da tradicional campanha ‘10 milhões de Estrelas’, da Cáritas Portuguesa.
Uma luz em forma de vela, que por si só consegue iluminar a “escuridão exterior”, mas que invoca “a luz autêntica”, que leva um novo resplandecer ao coração da humanidade, capaz de “romper com todas as escuridões, de gerar vida, e apontar caminhos seguros de esperança, de alegria, de fraternidade, de solidariedade e de paz”.
“É esta luz que queremos acender, não só simbolicamente, mas interiormente, em nós, para a levar ao mundo, para que ilumine tantas muitas zonas escuras, que a luz natural e a luz elétrica não conseguem iluminar”, reforçou D. Joaquim Mendes.
A Luz da Paz de Belém é uma iniciativa mundial de apelo à paz, a partir de uma luz acendida na Gruta da Natividade, onde segundo a tradição cristão nasceu Jesus, em Belém, na Terra Santa.
Este ano, ela foi primeiro transportada por uma criança austríaca e depois quatro membros do Corpo Nacional de Escutas trouxeram-na para Portugal, onde vai chegar a todas as regiões.
Através da campanha ‘10 milhões de Estrelas’, da Cáritas Portuguesa, e em parceria com o Corpo Nacional de Escutas, as pessoas são convidadas a adquirir uma vela (com o preço unitário de um euro) para depois a colocarem no parapeito da janela, na noite de Natal, como mensagem a favor da paz no mundo.
“Não é suficiente esta luz que hoje viemos buscar para levar para as nossas comunidades. Esta é uma luz que vai acabar por se extinguir”, disse D. Joaquim Mendes, para quem é essencial que esta iniciativa, e o tempo de Natal, contribuam para “reacender nos corações” a chama do amor, da fraternidade, da comunhão entre todas as pessoas.
E todos os católicos, todos os consagrados e leigos, têm uma “missão” a desempenhar: “mostrar Cristo presente e vivo, com obras de luz que dissipam as trevas de um futuro incerto, abrindo caminhos de esperança num mundo que caminha para a desertificação material, com a devastação provocada pelas alterações climáticas, pelos incêndios, pela escassez da água, e pela falta de cuidado e de respeito pela natureza e pelo ambiente”, frisou o presidente da Comissão Episcopal para o Laicado e Família.
Aquele responsável desafiou aind a fazer renascer um “mundo que caminha para a desertificação religiosa, espiritual, dos valores, do sentido da vida e da adulteração da História”.
Uma sociedade “que fala do Natal e celebra o Natal, mas sem Cristo, que é substituído pelas luzes, pelas árvores, pelos enfeites, pela euforia das compras, e pelo homem das barbas, de capaz e fato vermelho a distribuir presentes num trenó”.
“É a este mundo que queremos levar a luz de Belém, Cristo”, completou.
JCP